O Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, defendeu, esta terça-feira, que o Governo dos Açores “faz um caminho diferente daquele que está a ser feito no resto do País. Para o líder dos socialistas açorianos, “o Governo Regional, ao contrário do que acontece no resto do país, coloca as finanças públicas ao serviço da economia. É isso que temos feito e é nisso que se traduz a proposta do governo dos Açores para a manutenção do diferencial fiscal em 30% relativamente ao continente para que as famílias açorianas continuem a beneficiar de impostos mais baixos na Região”, recordou.
A atuação do Governo dos Açores é diferente do que se faz no resto do país porque quando no resto do País se cortam os apoios sociais, nos Açores mantêm-se e, em alguns casos, reforçam-se. “Nós mantemos a remuneração compensatória. Mantemos a remuneração complementar. Reforçamos o complemento regional de pensão. Mantemos o complemento abono de família para crianças e jovens. Mantemos os descontos em creches e mantemos o investimento em infraestruturas de caráter social porque acreditamos que é esta a nossa obrigação porque é esta marca de um governo do Partido Socialista”, explicou.
Vasco Cordeiro que intervinha na sessão de abertura das jornadas parlamentares do PS/Açores recordou que também no combate ao desemprego, as opções políticas do governo açoriano são distintas do que se faz no resto do país. “Não consideramos que os desempregados devam ser deixados à sua sorte. Estamos, por isso, a trabalhar para promover a empregabilidade. No que concerne às políticas ativas de emprego, o Governo Regional apresentou em poucos dias a Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial com mais de 60 medidas com o objetivo de combater o desemprego. Do mesmo modo, também seguimos um caminho diferente nos Açores porque, desde sempre, o PS/Açores sempre apostou efetivamente na concertação e no diálogo social”.
O líder dos socialistas açorianos criticou também os partidos da oposição que acusam o governo regional de querer fazer diferente do que fez no passado. “A questão que se coloca não é se temos de alterar a forma como agimos no passado. É óbvio que temos. Só um insensato ou um inconsciente mantém o mesmo procedimento quando a realidade se altera profundamente”, criticou.
O Presidente do PS/Açores abordou ainda as questões relacionadas com o Plano e Orçamento para 2013 apresentando uma perspetiva política e uma perspetiva de desenvolvimento. A conjuntura externa, a retração do crédito e o efeitos da crise profunda que atravessa a economia nacional provocam um abrandamento económico que se reflete em vários setores como a Construção Civil ou o Turismo.
Para Vasco Cordeiro, o PS/Açores e o Governo Regional irão continuar a seguir “uma via própria. Uma via autonómica para enfrentar as dificuldades, ajudar os mais desfavorecidos e potenciar as condições para ultrapassar, nas melhores condições possíveis, esta tormenta”.
O líder dos socialistas açorianos manifestou-se ainda convicto de que, nos Açores, e apesar das dificuldades sentidas, continuará a haver uma forte componente de sensibilidade social. “Temos seguido uma postura, um comportamento e uma ação que faz jus ao nosso lema de não deixar ninguém para trás”.
As Jornadas Parlamentares do PS/Açores relativas ao Plano e Orçamento para 2013 estão a decorrer, de 5 a 7 de Março, em S. Jorge.