O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, José San-Bento, lamentou, esta quarta-feira, que o CDS/A se tenha excluído da responsabilidade de contribuir para a reforma do Serviço Regional de Saúde. Na intervenção que proferiu, na Assembleia Legislativa dos Açores, a propósito do Plano e Orçamento para o setor da Saúde, San-Bento recordou que a Região tem um bom Serviço Regional de Saúde que precisa de aperfeiçoamentos. “Um recente estudo divulgado pelo INE atesta que 64% dos utentes considera o serviço bom ou muito bom, que 26% qualifica-o de razoável e que apenas 10% manifestou insatisfação. Num Serviço distribuído por nove ilhas, com três hospitais, 18 centros de Saúde, mais de 100 extensões e trabalhando 24 horas por dia, 365 dias por ano, estes números são reveladores da qualidade e da humanização que marcam o Serviço Regional de Saúde”, afirmou.
O Vice-Presidente da bancada socialista referiu ainda a necessidade de se fazer uma análise séria e rigorosa à evolução da Saúde nos Açores. “Os governos do PS, em pouco mais de uma década, fizeram com que os indicadores de saúde nos Açores passassem de indicadores típicos de países em via de desenvolvimento para níveis próprios de países do primeiro mundo”. A este propósito, San-Bento destacou vários exemplos como o número de consultas ao domicílio que, em 2000, eram 84 mil e em 2010 passaram para 110 mil, representando um enorme esforço de humanização do serviço. “É verdade que subsistem alguns problemas que merecem a nossa preocupação, mas o CDS prefere ver uma fotografia a preto e branco quando, na verdade, a realidade é um filme a cores. Em 2000, a mortalidade infantil era de 10,9 por mil nascimentos. Em 2010, passou a ser 5,1, representando uma redução de 53% dos óbitos”.
O deputado socialista destacou, igualmente, as consultas de especialidade que, no espaço de uma década, aumentaram 78% e os meios complementares de diagnóstico que passaram de 1 milhão e 900 mil para mais de 3 milhões e 700 mil, no mesmo período de tempo.
José San-Bento afirmou ainda que “o atual governo apelou a todos os partidos para se empenharem, para darem os seus contributos. Este é um desafio que exige muita coragem e exige capacidade de colocar os Açores e os açorianos acima dos meros interesses partidários. A este desafio, o CDS falhou e preferiu auto excluir-se. Uma atitude que lamentamos e que os açorianos certamente não irão esquecer”.