O deputado socialista, Paulo Borges, preconizou, esta quarta-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores, que “o Sistema Regional de Ciência e Tecnologia foi montado há cerca de oito anos na lógica de que só será possível o desenvolvimento da Região se tivermos uma comunidade de investigadores organizados em Centros de Investigação com um financiamento adequado para o desenvolvimento da sua criatividade futura e aplicação das suas descobertas que tenham interesse tecnológico”.
Paulo Borges lembrou que nos últimos seis anos, houve um aumento de 154% na produção científica na Região ao qual não será alheio o investimento sustentado e constante dos governos socialistas. Nos últimos dois anos, “cerca de 30% dos 421 artigos científicos publicadas em revistas de impacto, mencionavam o apoio direto do Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia ou da antiga Direção Regional da Ciência e Tecnologia e Comunicações.
Considerando que as atuais circunstâncias obrigam a uma maior racionalização de custos, o deputado socialista defendeu a necessidade de seguir a estratégia para o Horizonte 2020, designada como “Estratégia de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente”, aprovada em Outubro de 2011 para o período da política de coesão 2014-2020. “A grande questão que se coloca é recuperar a Europa e as suas regiões da recessão económica, pretendendo-se identificar as características e os ativos exclusivos de cada país ou região, de forma a realçar as vantagens competitivas únicas, numa visão de futuro orientada para a excelência”, defendeu.
De acordo com Paulo Borges, nos Açores as áreas de referência na investigação têm sido a Biologia Marinha, Vulcanologia, Biotecnologia, Produção Animal e a Biodiversidade. O parlamentar defendeu ainda que “a qualidade da investigação na região vai passar igualmente por um financiamento baseado na qualidade dos investigadores e dos seus Centros de Investigação que serão avaliados com base na sua produtividade científica, dando um sinal claro de que o mérito é premiado”.
Por último, Paulo Borges destacou que o Plano pretende, a médio prazo, “manter o financiamento aos Centros de Investigação que demonstrem elevada produtividade e capacidade para a inovação; procurar financiar jovens investigadores com potencial para a criação de ideias inovadoras através de Bolsas de Doutoramento e de Bolsas avançadas de pós-Doutoramento; financiar projetos inovadores com potencial gerador de novos produtos e de emprego e reforçar as ligações entre as empresas e o sector público universitário”.