O Presidente Honorário do PS/Açores, Carlos César, defendeu, este sábado, que “o PS não é a salvação da direita, mas a alternativa”. Na intervenção que realizou, em Santa Maria da Feira, no XIX Congresso Nacional do PS, César apelou a Passos Coelho e a Cavaco Silva para que desistam de convidar os socialistas para seus “guarda-costas.”
“Com os apelos ao consenso procuraram que o PS sirva de ornamento ou justificativo de políticas de desproteção social. Se têm medo de sair à rua e medo da agitação social, então saiam do Governo ou mudem de política, mas desistam nos aliciar para seus guarda-costas”, afirmou.
Para o antigo Presidente do Governo Regional dos Açores, o partido que o mobiliza é “um PS que, neste tempo novo, procure ser o menos dogmático possível” e que esteja “comprometido com a participação e a parceria com os cidadãos sem filiação partidária e as suas organizações informais.
Considerando que Portugal tem um governo “socialmente indiferente e incompetente, porque prisoneiro do dogmatismo e da robótica orçamental”, o histórico socialista defendeu que o Governo de Passos Coelho “se desviou da sua legitimidade eleitoral originária” e se “afastou do consenso com o Partido Socialista.”
O antigo Presidente do Governo Regional preconizou “uma agenda para o crescimento e o emprego que inverta a tendência destes 10 trimestres consecutivos de recessão e de desemprego e o empobrecimento das regiões e das famílias”. Para Carlos César, “não temos nem tempo nem país que suporte as intrigas no Governo”, que considerou não ter ainda resolvido as lutas entre o Ministério das Finanças e o Ministério da Economia.
Carlos César elogiou ainda o trabalho dos socialistas nos Açores considerando que a recente vitória eleitoral nas eleições regionais, em 2012, sob a liderança de Vasco Cordeiro foram “a vitória do merecimento, da juventude e da inovação”.