O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores considerou, esta terça-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores, que a Região tem “uma função pública rejuvenescida, moderna, dinâmica, bem equipada e que presta um bom serviço aos cidadãos para corrigir assimetrias e promover a igualdade de acesso e de oportunidades.”
José San-Bento, que interveio a propósito do debate de urgência relativo à transparência e isenção da administração pública, garantiu que o PS continuará a defender a dignificação do funcionalismo público. “Vamos continuar a ter uma gestão do setor público rigorosa, isenta e transparente. Isso permitiu, perante um ataque sem precedentes do Governo da República ao funcionalismo público, não aplicar nos Açores o Regime da Mobilidade Especial. Até a própria troica reconheceu que nos Açores não há um serviço público sobredimensionado”, afirmou.
Reagindo às críticas formuladas pela oposição, o Vice-Presidente da bancada socialista considerou lamentável que haja partidos da oposição que recorram à figura do debate de urgência sem que nada o justifique. San-Bento criticou o líder parlamentar do CDS, Artur Lima, por “procurar partir de um caso particular para uma generalização infeliz e injusta, lançando um manto de suspeita sobre os quadros da administração regional. Quando se fazem acusações a obrigação é provar. É com pena que constatamos que o CDS continua alienado da realidade e que constatamos que o deputado Artur Lima optou por ser uma espécie de Paulo Estevão da Terceira”, criticou.
Relativamente às críticas formuladas pelo deputado do PPM, José San-Bento considerou absolutamente lamentável “o espetáculo vergonhoso” que consistiu a intervenção do deputado Paulo Estevão. “Nunca traremos ao Parlamento dos Açores um espetáculo degradante de fulanização para defender casos pessoais e familiares. Não é digno de um deputado regional. Temos que ter a devida serenidade e distanciamento para defender a dignidade do parlamento”. Para José San-Bento, Paulo Estevão “teve uma atitude quixotesca, lamentável e dispensável. Não basta gritar para se ter razão. Gostamos do confronto de ideias, mas não aceitamos lições de democracia da parte do PPM”. A este propósito, San-Bento destacou que “a prova de espírito democrático do PS está bem patente no facto de, neste debate o PS, apesar de ter uma maioria absoluta, ter três vezes menos tempo que os proponentes do debate”.