O Presidente do PS/Açores considerou, esta quinta-feira, que a declaração do Presidente da República acabou por corresponder a “uma morte anunciada do Governo da República para daqui a 11 meses, com uma carga de instabilidade que não era de todo desejável.
Para Vasco Cordeiro, “o importante é que, conforme já foi tornado público, o PS se mostre disponível para dialogar num processo que, recorde-se, foi interrompido pelo Governo do PSD/CDS a propósito da Reforma do Estado. O PS sempre se manifestou disponível para dialogar. O que se regista, desde logo, é o facto do Presidente da República ter sinalizado ao PSD e ao CDS/PP a importância que o Partido Socialista assume neste processo”.
Questionado pelos jornalistas, Vasco Cordeiro enfatizou que “a legitimidade para integrar ou apoiar uma solução governativa está intimamente ligada à expressão da vontade popular, ou seja, à realização de eleições”.
O líder dos socialistas açorianos recordou que “o PS já reiterou a sua disponibilidade para dialogar com todos os intervenientes políticos. Essa disponibilidade para dialogar não é de agora. Não foi o PS que interrompeu a via do diálogo, mas sim o PSD e o CDS/PP”.
Considerando muito preocupante a situação de instabilidade que se vive no País, Vasco Cordeiro reforçou a necessidade de se encontrar uma solução rápida. “Faço votos que esse processo de diálogo possa permitir chegar a uma boa conclusão dentro dos mecanismos constitucionais existentes”.
Por último, o Presidente do PS/Açores ressalvou que “a situação que se vive nos Açores nada tem a ver com a instabilidade que se vive na República”.
“Temos a tranquilidade e a serenidade de um Executivo do PS que na Região exerce a responsabilidade governativa, dialogando e chamando os restantes partidos e a sociedade civil para a construção de soluções de consenso. Há numerosos exemplos desta prática e esta é, aliás, uma lição que o Governo do PS na Região pode apresentar ao País. Acompanhamos a situação política nacional, mas a estabilidade que os açorianos têm possibilidade de usufruir, fruto da decisão que tomaram em Outubro passado, constitui um dos mais importantes ativos que os Açores têm em contraponto com a realidade que atualmente se vive na República”.