O Presidente do PS/Açores reiterou, esta sexta-feira, que nas próximas eleições autárquicas há muita coisa em jogo. “Neste combate democrático, o PS apresenta-se motivado a vencer pelas pessoas, empenhado em criar soluções para os desafios que as pessoas sentem, com um discurso de verdade, de realismo, de esperança e de confiança para as pessoas”.
Vasco Cordeiro, que falava na apresentação da candidatura socialista à Câmara Municipal de Velas, criticou os partidos que, “à nossa direita e à nossa esquerda, vão resvalando para a demagogia e para a crítica destrutiva” e garantiu que o PS continuará a afirmar-se “como um partido mais atento a resolver os problemas das pessoas do que interessado nas intrigas, nas invejas ou nas maledicências envernizadas”.
De modo a gerar confiança e esperança nos cidadãos, o líder socialista reforçou a ideia de se falar verdade. “Para além dos projetos, das propostas e das ideias, é fundamental que transformemos estas eleições autárquicas numa grande festa da democracia naquilo que a democracia tem de capacidade para gerar confiança e esperança nos nossos cidadãos. É, por isso, fundamental falar verdade e não tentar enganar os açorianos. E infelizmente há exemplos, na nossa Região, de partidos políticos que são, talvez, demasiado económicos no uso da verdade. Temos exemplos de partidos políticos que têm alguma relutância em assumir as consequências das suas posições e temos, infelizmente, alguns exemplos de partidos políticos que tentam enganar os açorianos”. A este propósito, Vasco Cordeiro referiu-se ao facto do PSD ter afirmado que o Governo dos Açores queria cortar nos apoios sociais referindo-se aos casos da Reestruturação da Saúde e da Reforma do Financiamento das instituições particulares de solidariedade social.
“É necessário esclarecer os açorianos. Se não fosse o PS/Açores quem decidia o futuro da Saúde na nossa Região era o Governo da República do PSD e do CDS/PP porque era esta a proposta que o PSD tinha nas últimas eleições regionais. É necessário esclarecer que se não fosse o PS/Açores, todo este debate que houve a propósito do Serviço Regional de Saúde não tinha acontecido porque o PSD queria que o Governo acabasse com o debate e retirasse a sua proposta. Se esse debate se fez, deve-se ao Partido Socialista que insistiu, no cumprimento de um compromisso eleitoral, colocar à discussão das açorianas e dos açorianos um dos aspetos fundamentais da nossa autonomia que é o nosso Serviço Regional de Saúde”.
Para Vasco Cordeiro, “este caso é um bom exemplo de que este PSD/A não sabe o que quer e quer que os açorianos não saibam da sua desorientação”.
O líder socialista criticou, ainda, o PSD por, a propósito da Reforma do Financiamento das Instituições de Solidariedade Social, ter “agitado o fantasma e o medo de que o Governo Regional se preparava para cortar os apoios sociais”. Vasco Cordeiro aproveitou para esclarecer que, na verdade, o Governo Regional irá aumentar o valor de apoio de 52 para 53,6 milhões de euros. “É preciso dizer que cerca de 75% das Instituições particulares de solidariedade social mantém ou reforçam o seu financiamento. Sabendo isso, como é possível que o PSD venha acusar o Governo dos Açores de cortar os apoios sociais. Como é possível que o mesmo partido, que na República corta nos apoios sociais, acuse o Governo do PS/Açores de prejudicar os açorianos e cortar nos apoios sociais”, questionou.
Vasco Cordeiro deu ainda mais um exemplo da incoerência política do PSD/Açores. Relativamente ao subsídio de férias “o PSD disse que o Governo Regional paga em Julho, mas já devia ter pago o subsídio de férias em Junho. É preciso que se saiba que, se não fosse o Governo do PS, não havia subsídio de férias em Julho porque os deputados do PSD/Açores, na Assembleia da República, votaram para que na Região Autónoma dos Açores também só se pagasse o subsidio de férias em Novembro. É muita desfaçatez para um partido só e muita reviravolta para quem se diz ser o principal partido da oposição”, criticou Vasco Cordeiro para quem importa “reafirmar que não pode valer tudo. Por muito verniz que se queira pôr nas tentativas de enganar os açorianos, não vale tudo”.
Por último, o Presidente do PS/Açores considerou que João Paulo Oliveira, pela sua experiência, está melhor posicionado para ser, não apenas um bom candidato, mas um ótimo Presidente da Câmara Municipal de Velas. “Há muito mais em jogo nesta conjuntura. As autarquias locais são chamadas para o combate pelas pessoas. E a candidatura de João Paulo Oliveira tem as melhores respostas e as melhores soluções para o momento em que vivemos”.