Os principais desafios com que os Açores estão confrontados são “a empregabilidade, a competitividade da nossa economia, a qualificação dos açorianos e a inclusão social”. A ideia foi defendida, esta terça-feira, pelo Presidente do Partido Socialista, Vasco Cordeiro, que falava na sessão de abertura das Jornadas Parlamentares do PS/Açores, que decorrem, até quarta-feira, na ilha Terceira.
Vasco Cordeiro salientou a importância destas jornadas por “se centrarem em torno do debate, da análise e da discussão de propostas de Plano e Orçamento para 2014”, propostas que “dizem respeito ao nosso futuro coletivo”.
Segundo explicou o líder socialista, “este Plano e Orçamento prevê um investimento público superior a 655 milhões de euros”, dos quais “75% estão afetos ao desenvolvimento da empregabilidade, competitividade da nossa economia, à qualificação e à inclusão social”.
Vasco Cordeiro destacou a relevância da Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e para a Competitividade Empresarial e, neste âmbito, sublinhou alguns exemplos como as linhas de crédito às empresas, o alargamento do período do reembolso de incentivos, o apoio à restauração e à hotelaria e a isenção de taxas sanitárias às micro e pequenas empresas. O Presidente do PS/Açores realçou ainda a importância da Carta de Obras Públicas, “um documento estratégico, que antecipou obras no valor de 80 ME para o segundo semestre de 2013”.
Em relação aos dados do emprego, recentemente divulgados, Vasco Cordeiro destacou que “devem ser alvo de uma análise cuidada e séria”. O líder socialista lembrou, a propósito, que no último semestre a economia açoriana gerou mais 2.500 novos postos de trabalho, o que no entanto não foi suficiente para absorver o aumento da procura no mercado de trabalho.
O Presidente do PS/Açores salientou ainda a decisão do Governo Regional de alargar a Remuneração Complementar a mais 6.000 funcionários públicos, abrangendo mais de 13.000 açorianos, num investimento de cerca de 19 milhões de euros.
Vasco Cordeiro recordou ainda que foram os governos do Partido Socialista que aumentaram o Complemento Regional de Pensão em 22%, entre 2009 e 2013”, acrescentando que em 2014 o Executivo Açoriano irá afetar “25 milhões de euros para apoiar mais de 34 mil idosos”, lamentando, no entanto, que haja partidos da oposição para quem “nada é positivo e que tudo o que o Governo anuncia é sempre muito pouco”.
Em jeito de balanço do primeiro ano de governação, Vasco Cordeiro deu alguns exemplos de medidas realizadas como a integração de mais de 400 estagiários em empresas regionais, o programa Recuperar que envolve mais de 700 açorianos e o programa de aquisição básica de competências, que envolve mais de 1.400 açorianos.
Em análise aos dados do turismo açoriano, o líder socialista realçou que os indicadores de 2013 apontam para uma inversão da queda que se tinha vindo a sentir ao longo dos últimos anos, considerando que esse facto está associado ao “investimento estratégico do Governo Regional dos Açores nos mercados externos para fazer face à quebra do mercado interno”.
Vasco Cordeiro estranhou ainda o “discurso de alguns que se limitam a falar dos problemas sem “nunca darem um passo eficaz no caminho das soluções. Enquanto o PSD se limita a falar dos problemas, o PS/A e o seu Governo continuarão do lado das soluções”, afirmou.
Por último, o líder socialista reiterou que “os açorianos podem contar com o PS, um partido que não vira a cara a encarar os desafios que vivemos”, assumindo a “perfeita consciência dos desafios que temos à nossa frente” e o “muito que há a trabalhar para ajudar os açorianos a ultrapassar as atuais dificuldades”.