O Governo Regional dos Açores tem feito um grande esforço de redução das listas de espera na área da saúde, em paralelo com o empenho na procura do equilíbrio orçamental”, adiantou José San Bento.
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores falou esta terça-feira, no plenário regional dedicado ao Plano e Orçamento para 2014, que decorre no Faial até à próxima quinta-feira.
José San Bento reconheceu que a atual oferta regional não consegue suprir a procura de serviços de saúde e, por isso, é “óbvio que existe um atraso na prestação dos serviços de saúde”, havendo necessidade de “melhorias”.
Ainda assim, o deputado socialista considera que “não é a atirar dinheiro para cima do problema que resolveremos esta situação”, ao contrário do que sugeriram alguns partidos da oposição.
Segundo referiu José San Bento, é “notório que este tipo de estratégia de querer comprar a saída do problema não apresenta grandes resultados no longo prazo” e saudou a estratégia que tem vindo a ser seguida pelo atual executivo regional de “criar incentivos à fixação de determinados médicos especialistas, como por exemplo, os anestesiologistas”.
José San Bento apontou também o “falhanço do programa de Consultas e Tempo e Horas do Governo da República”, que visa a marcação de consultas de referência para especialistas hospitalares a partir do médico de família, mas que “apresenta queixas por parte de 60% dos hospitais”, sendo “claramente insatisfatório”.
Em relação às dificuldades financeiras que o Sistema Regional de Saúde atravessa, José San Bento relembrou que “os subsistemas de saúde nacionais devem mais de 61,2 milhões de euros ao Sistema Regional de Saúde”, considerando que se a “República saldasse esse pagamento, as dívidas aos fornecedores do Serviço Regional de Saúde estariam regularizadas”.
A propósito da racionalização que tem vindo a ser feita da saúde regional, José San Bento salientou que “aquilo que está a ser feito a nível de otimização, racionalização e coresponsabilização das administrações hospitalares” tem contribuído em muito para “a aproximação do ponto de equilíbrio orçamental das unidades hospitalares”, apontando como exemplo o “trabalho que tem vindo a ser feito no último ano, no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada”. Um trabalho que tem vindo a ser feito “sem afetar a qualidade dos cuidados de saúde”, acrescentou José San Bento.