“Os Açores produzem informação científica de referência mundial”, considerou hoje Paulo Borges.
O deputado socialista falava esta quarta-feira no plenário dedicado ao Plano e Orçamento Regional para 2014, que decorre na Horta.
Segundo explanou, “os fundos estruturais e os fundos do Horizonte 2020 para o período 2014-2020 darão um enorme relevo aos investimentos em ciência, tecnologia e inovação”, constituindo os próximos seis anos “um grande desafio para a ciência nos Açores”.
Para Paulo Borges “os centros de investigação dos Açores são essenciais na construção e desenvolvimento da política regional de Ciência”, possuindo e gerando “conhecimento fundamentado sobre a nossa realidade, as fragilidades e as forças dos sistemas insulares”.
Com base num trabalho de compilação de trabalhos científicos produzidos na Região, Paulo Borges destacou o trabalho “sobretudo no âmbito das ciências naturais e do ambiente” muito dele realizado pelos “bolseiros e investigadores contratados a termo”.
O parlamentar socialista realçou que “muita da investigação que usa as nossas ilhas como modelo” visa tirar conclusões “reprodutíveis a nível internacional em regiões similares”, em áreas como a biologia marinha, biodiversidade/ecologia, vulcanologia, biotecnologia, produção animal, clima e ciências da saúde.
A investigação nos Açores, considerou Paulo Borges, tem por isso um “valor intrínseco para a investigação aplicada e para o desenvolvimento de políticas sustentadas na área do turismo da natureza de uma agricultura e pescas sustentáveis”.
O deputado socialista salientou que a Secretária Regional da Educação, Ciência e Cultura irá “traçar um plano estratégico para a ciência nos Açores para o período 2014-2020”, que pretenderá “ser um instrumento o desenvolvimento e financiamento adequado da ciência na Região, nos próximos anos”.
Por outro lado, acrescentou Paulo Borges, o conhecimento acumulado pelos investigadores açorianos permitirá no futuro “melhores respostas para a resolução de problemas práticos em sectores críticos, como os problemas de saúde pública, a gestão de riscos, a gestão dos recursos hídricos, a gestão das reservas marinhas, a escolha de novas estratégias para a agricultura e produção animal, a procura de novos produtos para a alimentação humana e animal, o ordenamento do território ou a conservação da natureza”.
Em termos de empregabilidade, a ciência “poderá dar o seu contributo através do financiamento de projetos inovadores com potencial gerador de novos produtos e do reforço das ligações entre as empresas e o setor público universitário”, frisou Paulo Borges.