“É consensual que as instituições museológicas dos Açores devem funcionar em rede, promovendo a comunicação entre pares e com os públicos”, afirmou Renata Correia Botelho.
A deputada da bancada parlamentar socialista falava esta terça-feira na Assembleia Legislativa Regional, no debate da proposta para a criação da Rede de Instituições Museológicas.
A este respeito, Renata Correia Botelho destacou a já anunciada Agenda Cultural Digital, que “deverá entrar em funcionamento em breve” e que “será uma ferramenta fundamental para articular informalmente os eventos e as instituições que se inscrevam nesta agenda”. Destacou ainda a “majoração que será concedida, no âmbito nos apoios às atividades culturais das entidades que se consigam articular”.
Este é, para Renata Correia Botelho, “um sinal que as redes informais, nas quais a sociedade civil açoriana pretenda organizar-se, são bem-vindas”.
“O Decreto Legislativo Regional não nos parece a figura adequada para a prossecução de um objetivo que se pretende informal”, referiu a deputada, adiantando que “não faz sentido formalizar estas redes culturais através da criação de legislação”, que é um “instrumento formal, que cria imposição”.
A parlamentar socialista salientou que “existem exemplos de redes informais a nível cultural que têm tido bons frutos”, apontando como exemplo “a rede 5 Sentidos, da qual faz parte o Teatro Micaelense e outros teatros nacionais e que têm potenciado muito a aquisição de apoios comunitários e a possibilidade de itinerâncias”.
Para Renata Correia Botelho, a “sociedade civil poderá organizar-se, paralelamente à rede Regional de Museus, se assim o entender”, em “associações, organizações e movimentos de intercâmbio, que mantêm esse âmago de informalidade”.
“É de saudar que o Governo dos Açores esteja já a trilhar esse caminho, trabalhando no alargamento da atual rede e permitindo o ingresso de estruturas de várias naturezas e de várias tutelas”, frisou Renata Correia Botelho.