“Mudar de opinião ao sabor da maré, apenas com o intuito de colher dividendos políticos, não dignifica a política nos Açores”, considerou António Parreira.
O deputado falava esta quarta-feira, em debate na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.
Conforme destacou António Parreira, “aquando da discussão pública sobre o cais de cruzeiros de Angra do Heroísmo, tanto o PSD como o CDS/PP eram categoricamente contra e colocavam alguns argumentos relacionados com o custo/benefício da obra – agora que ficou decidido não avançar com este empreendimento, já são manifestamente a favor”.
António Parreira explicou que “a não construção do cais de cruzeiros de Angra do Heroísmo foi uma decisão do Governo dos Açores, no sentido de privilegiar as famílias e as pessoas, face ao momento económico difícil que atravessamos”.
“Prova deste combate às dificuldades económicas das famílias que o Governo dos Açores tem travado, são medidas como o alargamento do Complemento da Remuneração Complementar, que visa mitigar os cortes nas pensões e vencimentos dos funcionários públicos, impostos pelo Governo da Republica do PSD e CDS/PP”, destacou.
O deputado socialista lamentou que a “oposição nos Açores, nomeadamente o PSD e o CDS/PP que até suportam o Governo da República, se limitem a criticar o trabalho que o Governo dos Açores desenvolve e a exigir prontamente aquilo que ainda não está feito ou não existe”.
“Infelizmente assim tem sido a postura daqueles partidos nos últimos tempos, nos Açores; completamente oponentes e nada proponentes”, frisou.
António Parreira saudou a opção de implementar em Angra do Heroísmo um terminal que permita solidificar o transporte interilhas, dotado de rampa ro-ro [roll-on, rol-off], que permitirá melhor movimentação de passageiros e carga entre Angra e a Calheta de S. Jorge, já a partir de junho próximo.
“Este investimento está de acordo com as nossas capacidades e daquilo que nós necessitamos nos Açores, sem entrar em excessos”, realçou.
Relativamente às críticas que o PSD e o CDS/PP teceram ao projeto de criação de uma plataforma logística (hub) no Porto da Praia da Vitória, no sentido de aproveitar os circuitos logísticos a nível mundial, António Parreira salientou que “uma crítica a este projeto não é uma crítica ao Governo dos Açores, nem mesmo uma crítica ao Partido Socialista, mas sim uma crítica aos empresários da ilha Terceira, uma vez que esta é uma reivindicação dos próprios empresários”.
“Nós damos a cara e não fugimos; este Governo dos Açores e este Partido Socialista não fogem às suas responsabilidades, nem assumem posturas de crítica permanente, simplesmente por demagogia política”, concluiu António Parreira.