Face às declarações proferidas na passada quarta-feira pelo Grupo Parlamentar do PSD/Açores sobre a atuação do Governo dos Açores no âmbito da política social, o Grupo Parlamentar do PS/Açores entende esclarecer o seguinte:
O PSD/Açores, que se limita a criticar a atuação do Governo dos Açores, não tem qualquer posição pública de repúdio sobre a política de empobrecimento que o Governo da República, liderado pelo seu partido, está a condenar o país, atingindo especialmente os mais fragilizados, como os pensionistas e reformados.
É essa política de austeridade nacional, que o PSD/Açores procura esconder na Região, que está a contribuir fortemente para o aumento da pobreza, conforme revelou esta semana o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, do Instituto Nacional de Estatística.
Os resultados deste Inquérito demonstram preto no branco o falhanço das políticas da governação do PSD, já que, de 2012 para 2013, a população portuguesa que vivia em situação de privação material severa passou de 8,6 por cento para 10,9 por cento.
Os mesmos dados denunciam ainda a realidade que o PSD/Açores quer esconder: em 2012, 18,7% da população portuguesa estava em risco de pobreza, mais oito pontos percentuais do que em 2011, o valor percentual mais elevado desde 2005.
São estes dados factuais do Instituto Nacional de Estatística que desmascaram as duas faces do PSD/Açores: Na Região, critica o Governo dos Açores, mas, em Lisboa, como se viu no recente Congresso Nacional do PSD, aplaude entusiasticamente o Governo que mais tem sacrificado a população com cortes sucessivos nos apoios e nas prestações sociais, que também têm prejudicado muitos Açorianos.
É esse dilema que o PSD/Açores tem de resolver antes de criticar quem, nos Açores, cria e reforça medidas como o Complemento Regional de Pensão, o Abono de Família para Crianças e Jovens e o Complemento para a Aquisição de Medicamentos pelos Idosos, entre muitas outras medidas de apoio social.
O Grupo Parlamentar do PS/Açores desafia, pois, o PSD/Açores a definir-se de uma vez por todas: ou está ao lado dos Açorianos ou prefere, como até aqui, continuar a apoiar quem está a prejudicá-los através de cortes cegos nas prestações e apoios sociais.