“As rotas da Sata com o exterior servem o turismo açoriano, enchem os nossos hotéis e por isso devem ser mantidas de forma lucrativa e sustentável, cumprindo os objetivos estratégicos delineados pelo Governo dos Açores para a Região”, defendeu Francisco César.
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar dos Partido Socialista falava em plenário esta terça-feira, na cidade da Horta.
Na opinião de Francisco César a “Sata tem de servir os Açores, servindo o mercado interilhas, as acessibilidades para o continente e promovendo as acessibilidades dos turistas aos Açores”, uma vez que o “Governo dos Açores há muito que definiu o turismo como um setor de desenvolvimento estratégico, desenvolvendo políticas públicas que têm sido orientadas para sustentar este propósito”.
O deputado socialista admitiu que a “Sata Internacional possa desenvolver outras rotas, que não sirvam diretamente os Açores” desde que “assentes no propósito de serem lucrativas, no sentido de ganhar músculo financeiro para que a Sata possa cumprir melhor os seus propósitos nos Açores”. Assim, considerou, “sempre que uma rota der prejuízo deve ser interrompida e o mesmo se deve passar com a gestão das bases operacionais. Esta tem sido, aliás, a orientação base que o Secretário do Turismo e Transportes tem transmitido à Administração da Sata”.
Francisco César lamentou que a oposição se limite, desde há seis anos a esta parte, a “pôr permanentemente em causa as rotas, o preço e as acessibilidades que a Sata proporciona e a defender um mercado totalmente liberalizado”.
Segundo apontou o deputado socialista, a “liberalização por completo das rotas faria com que as companhias low cost praticassem os preços que quisessem, enquanto que a Sata teria um teto máximo estipulado – por outras palavras, faria com que as outras companhias ficassem com a carne enquanto a Sata ficaria com o osso”.
Para o parlamentar socialista, a “liberalização por completo das rotas Açores-Continente não garante preços acessíveis para residentes em épocas altas, como o Natal ou a Páscoa”.
Francisco César denunciou também as “posições antagónicas do PSD/Açores que quando quer falar mal do Governo dos Açores aponta que as contas da Sata são um susto e quando sugere a liberalização por completo, não explica como é que a companhia aérea regional conseguiria manter as tarifas baixas”.
Francisco César lamentou que “as propostas para os transportes aéreos do PSD/Açores não tenham evoluído e mantenham as mesmas ideias propagadas no tempo da Dra. Berta Cabral: não as conhecemos, são um autêntico flop”.
“O que realmente importa discutir é a revisão das Obrigações de Serviço Público no continente e essa discussão está a ser feita com o Governo da República”, destacou Francisco César.