“A liberalização total dos transportes aéreos na Madeira teve como consequência tarifas impossíveis de sustentar pelos residentes, que nalguns casos ascendem aos 500 euros”, lembrou Marta Couto.
A deputada do Partido Socialista falava esta terça-feira, no Parlamento dos Açores.
Marta Couto elencou que “em 2007, os próprios militantes do PSD Madeira aludiam ao facto de que havia muita gente a acreditar, porventura demasiado, nas alegadas potencialidades das ligações low cost”, uma suspeita “confirmada pelo PS na Madeira que, em 2013, denunciou que o processo de liberalização foi extremamente mal conduzido pelo PSD/Madeira”, por “não ter sido estabelecido um teto máximo para as tarifas aéreas Madeira-Continente”.
“A consequência foi que os madeirenses ficaram efetivamente prejudicados por ter sido retirada a tarifa reduzida a que os estudantes tinham direito, por exemplo, e quando as reservas não são feitas com a devida antecedência, estamos a falar de preços que ascendem aos 500€, nas deslocações entre a Região e o Continente. É incomportável”, explicou Marta Couto.
Conforme destacou a parlamentar socialista “é precisamente este o tipo de liberalização total que o PSD defende também nos Açores; uma liberalização com provas dadas de que pode ser altamente prejudicial aos residentes na nossa Região”.
A deputada lamentou que o “PSD se limite a criticar e se negue a dar colaboração democrática, como seria a sua obrigação”, questionando o maior partido da oposição sobre as suas propostas para o transporte aéreo, já que “até hoje não é conhecida uma única ideia válida nem nenhum contributo para o melhoramento do sistema”.
“O Governo dos Açores e o Partido Socialista estão a trabalhar com um objetivo, que é o de melhorar o serviço aéreo aos açorianos, a preços que o tornem acessível e sustentado”, finalizou Marta Couto.