Não se pode fazer um debate sobre a situação social dos Açores sem que o PSD e o CDS, que são apoiantes do Governo da República, assumam as suas responsabilidades, afirmou Isabel Almeida Rodrigues. A deputada intervinha esta manhã, no Plenário, num debate de urgência apresentado pelo PSD sobre “Situação de emergência social nos Açores, na Horta. Isabel Almeida Rodrigues lembrou a “situação dificílima porque passam muitas famílias do país, não apenas as da região”, esta acusação demagógica não fica bem ao PSD e ao CDS. “A pobreza e o desemprego são dos maiores flagelos que podem afetar uma sociedade e aquilo que se espera é que um debate em torno deste assunto seja feito com a seriedade que as pessoas merecem”, relembrou a deputada socialista. Segundo um estudo do INE sobre o rendimento e as condições de vida, em Portugal vimos o acentuar do risco de pobreza para crianças e jovens com menos de 18 anos, para a população em idade ativa, em situação de desemprego, para as famílias com crianças, aumentando a intensidade da pobreza, a assimetria na distribuição de rendimentos e a privação material. “É este é o país que temos, após as medidas de austeridade impostas pelo Governo da República”. E desta situação não há escapatória, pois “este Governo que foi orgulhosamente além da Troika, não se limitou a reduzir salários e pensões, ainda protagonizou a alteração dos sistemas de atribuição de prestações sociais, como o Rendimento Social de Inserção e o Subsídio de Desemprego, “atirando” ainda mais as famílias para a pobreza”, acusou Isabel Almeida Rodrigues. A deputada relembrou que “foi retirado o rendimento às famílias, para lhes ser retribuído com uma tigela de sopa nas cantinas sociais. Isto é colocar a dignidade da pessoa humana no fim da escala de valores”, sendo fruto da austeridade desmedida da coligação PSD/CDS-PP. “Fica assim conhecido o novo conceito de solidariedade que a República tem para com as Regiões Autónomas. Exigem-nos uma espécie de gratidão, como se não fizéssemos parte do mesmo Portugal. E isto não é aceitável”, terminou Isabel Almeida Rodrigues.