“Os perigos que a liberdade, a democracia e o desenvolvimento hoje enfrentam são muito mais subtis e insidiosos do que os existentes antes do 25 de abril de 1974”, alertou Vasco Cordeiro.
O Presidente do Partido Socialista dos Açores falava esta sexta-feira, num jantar comemorativo dos 40 anos do 25 de abril, organizado pelo PS/Terceira, em Angra do Heroísmo.
Vasco Cordeiro salientou que “o que se comemora com a data do 25 de abril de 1974 não é a efeméride em si” mas “os valores que essa data colocou, que imprimiu na nossa sociedade e na nossa história”.
Vasco Cordeiro defendeu que “é necessário que estejamos alerta e despertos”, continuando a “fazer todo o sentido essa vigilância e essa disponibilidade para combater pelos valores da democracia, da liberdade e do desenvolvimento, desde logo manifestados no projeto do PS, ao longo dos últimos 40 anos”.
“Se há 40 anos atrás se fez uma Revolução contra uma ditadura ou a falta de determinado tipo de conforto ou de liberdade, hoje temos de persistir numa revolução que nos faça assumir uma cidadania consciente e exigente, para que os valores de abril se possam cumprir”, destacou o líder do PS Açores.
Para Vasco Cordeiro, a “liberdade que hoje pode estar em causa é o condicionamento em determinadas decisões, por argumentos que nada têm a ver com o argumento democrático”, limitando “o direito ao trabalho, à segurança no trabalho e à liberdade que deriva existir a segurança de termos um determinado quadro de apoios sociais”.
O líder socialista dos Açores frisou que “quando se invocam argumentos que derivam de uma conjuntura económica e financeira exigente, também aí é necessário assumir e defender o valor da democracia, reafirmando o primado da política sobre outras manifestações e o primado da democracia, da expressão da vontade do povo, sobre outras manifestações”.
Vasco Cordeiro destacou que a “responsabilidade de garantir tudo isto é de todos e não apenas dos políticos, sejam governantes nacionais, regionais ou autárquicos”.
Por outro lado, o Presidente do PS/Açores considerou que “quem opta por não votar, quem diz que não se interessa, que não quer discutir ou não quer saber, não está do lado daqueles que defendem os valores de abril, mas sim do lado daqueles que querem pôr em causa estes valores”.
“O grande desafio que se coloca é o desenvolvimento da nossa cidadania, de sermos cada vez mais cidadãos açorianos conscientes daquilo que uma Autonomia verdadeiramente viva exige de cada um de nós – e isso passa pela educação, pela cidadania e pela consciência que há novos horizontes e novas batalhas para vencer”, salientou o Presidente do PS Açores, Vasco Cordeiro.