“O Serviço Regional de Saúde está cada vez mais capacitado para resolver eficaz e eficientemente os problemas de cada Açoriano e não empurra nenhum Açoriano para o sofrimento, ao contrário do que afirmam os deputados da oposição”, esclareceu Domingos Cunha.
O deputado socialista falava esta terça-feira, na Horta.
Para Domingos Cunha, a “resolução das listas de espera cirúrgicas é uma preocupação permanente grupo parlamentar do PS e do Governo dos Açores e tudo tem sido feito na tentativa de reduzir os tempos de espera”.
“Hoje registamos aqui que, entre 2012 e 2013, houve um ganho em tempo normal de serviço de cerca de 17%, o que quer dizer que reorganizando os serviços internos dos hospitais é possível aumentarmos a produção cirúrgica dos hospitais, reduzindo os tempos de espera”, defendeu o deputado.
Domingos Cunha explicou que “atualmente, a Região dispõe de 77 médicos das diversas especialidades cirúrgicas e de 28 internos; temos infraestruturas das melhores que podemos reconhecer, temos recursos humanos nesse sentido, temos recursos técnicos. O que é preciso é pôr tudo isto a funcionar em prol de uma maior produtividade dos próprios serviços e não avançar de imediato para opções de produção extraordinária”.
O parlamentar socialista destacou que “cabe efetivamente ao médico classificar a situação quando faz o diagnóstico e é esse médico que tem de definir qual é o nível em que este paciente deve entrar na lista para tratamento cirúrgico”.
Domingos Cunha apelou aos “diretores de serviço para que possam de algum modo reorganizar os seus serviços, para com os seus assistentes e os seus internos, tentarem reformular as situações e ao mesmo tempo dar resposta às listas que cada serviço tem”.
O deputado socialista explicou que o Grupo Parlamentar do PS decidiu não viabilizar o diploma apresentado pelos democratas-cristãos, uma vez que este “permitia que um doente referenciado numa lista cirúrgica, cujo único tratamento é a cirurgia para resolver a situação e melhorar a qualidade de vida, optasse por - quando convocado para uma cirurgia - não aceitar ser intervencionado em determinada data, definida pelo Sistema Regional de Saúde.
“Por outro lado, não podemos aceitar que este diploma, com a abrangência que tem, tenha omitido os tempos máximos para cirurgia na área dos doentes oncológicos, uma vez que a sua esperança de vida pode estar encurtada. Foi por estes motivos que o PS decidiu não viabilizar o diploma aqui apresentado pelo CDS-PP”, explicou Domingos Cunha.