“António Costa tem todas as condições, pelo mérito das suas propostas e pela sua capacidade de mobilizar todos aqueles que querem ajudar a reconstruir o nosso país, para sarar aquilo que foi ferido, para unir o que foi dividido”, defendeu Vasco Cordeiro.
O Presidente do PS/Açores falava na apresentação da candidatura de António Costa às Eleições Primárias do PS, que decorreu esta quinta-feira, na ilha Terceira.
Perante uma plateia de cerca de 1.600 terceirenses, simpatizantes e militantes, Vasco Cordeiro apelou aos Açorianos para não se “iludirem nem pensarem que estas eleições apenas dizem respeito ao continente, que não têm a ver com os Açores”.
O Presidente dos Socialistas Açorianos lembrou que o que está em causa para os Açores é “saber se queremos no Governo da República alguém que respeite as autonomias e os Açorianos, não apenas em palavras, mas em ações; alguém que se preocupe em considerar o Governo Regional como um parceiro, que respeite os direitos e prerrogativas da nossa Autonomia e da nossa Região, que não se preocupe apenas em arranjar desculpas de mau pagador como aconteceu ainda recentemente no processo de revisão das Obrigações de Serviço Público”.
Vasco Cordeiro elegeu o “crescimento económico, a coesão social e a aposta na juventude” como os “três principais desafios com que Portugal está confrontado”.
O Presidente do PS/Açores considera que deve ser objetivo prioritário de um próximo Governo da República “apoiar as pequenas e as médias empresas, valorizar os recursos endógenos e os nossos recursos humanos, estimular a capacidade produtiva do nosso país”.
Vasco Cordeiro frisou que as “finanças públicas não devem ser a última das prioridades”, mas criticou o PSD e o CDS-PP por “sacrificarem o crescimento económico às finanças públicas”, destacando que existe uma “resposta diferente e mais qualificada, liderada por António Costa”.
O Presidente do PS/Açores considerou ainda ser “necessário recuperar a solidariedade entre as gerações”, de forma a que a “sociedade portuguesa possa avançar como um todo e não sacrificando o futuro dos jovens àquela que deve ser a devida proteção a quem toda a vida trabalhou pelo futuro do nosso país”.
“Este governo do PSD e do CDS-PP tem a responsabilidade de ter sangrado o país de uma geração jovem, qualificada, que se preparava para ajudar a construir um futuro melhor para todos nós”, acusou o líder dos Socialistas Açorianos, defendendo uma “recuperação da aposta na juventude” para que esta se possa “realizar na sua terra, na sua pátria, e assim ajudar a construir o futuro do país”.
Para Vasco Cordeiro, é “gratificante reconhecer a sensibilidade, o reconhecimento e o respeito de António Costa pela Autonomia Açoriana e pelos Açorianos”, mas também “ver a participação de Carlos César, um grande Açoriano que dá a esta candidatura um sinal claro, de respeito pela multiplicidade do nosso país e por toda a sua dimensão”.
“A candidatura de António Costa encarna bem a resposta que todos nós sentimos que deve ser dada à situação que vivemos no nosso país e por isso é importante que no próximo dia 28 de setembro mobilizemos amigos e familiares para darmos uma grande vitória a António Costa”, salientou Vasco Cordeiro.
“Com António Costa podemos construir um PS mobilizador de socialistas e não socialistas, um partido o menos partidário possível”, salientou Carlos César
“Com Costa podemos construir um PS mobilizador de socialistas e de não socialistas, um partido o menos partidário possível, mas que assuma com clareza e de forma ativa soluções e caminhos novos para o país. Um PS que nunca descure no governo a dimensão humanista, seja nas políticas orçamentais, geradoras de oportunidades ou de gestão do território. Um PS que no governo promova a transparência, lute pela igualdade, acautele o interesse público, que assegure a presença e a eficiência de um Estado necessário, amigo das pessoas, amigo da descentralização, das empresas. Um PS que, no governo, acabe com a ditadura da austeridade e promova a prioridade do investimento e da coesão social” afirmou Carlos César.
O mandatário nacional da candidatura de António Costa lembrou que este foi “decisivo para o aprofundamento das autonomias, através da sua contribuição efetiva nas últimas revisões da Constituição da República, que contribuíram para a consolidação das autonomias regionais”.
Carlos César defendeu que “o país carece de um PS mais forte” e que “para o PS ser mais útil ao país, precisa de ser melhor, mais esclarecido, mais credível, mais entusiasta, mais entusiasmante”.
O Presidente Honorário do PS/Açores realçou que António Costa “conhece a governação na administração central, na administração local”, sendo “um político para o país inteiro e não apenas, como alguns dizem, para alguns vizinhos em Lisboa”.
Para Carlos César, “António Costa assumirá a descentralização sem desconfianças e sem reservas políticas, governará para ajudar e não para complicar ou ignorar as regiões autónomas; aproveitará e valorizará os nossos contributos, considerando também as nossas dificuldades – governará em cooperação com os governos regionais, onde não estão adversários ou concorrentes, mas sim aliados ou parceiros”.
“António Costa é hoje o melhor intérprete de uma tradição de pluralidade e abrangência do PS na sociedade portuguesa; é um político com ideias e não com slogans, que se relaciona com a verdade e que dispensa encenações mediáticas e é por isso que no próximo dia 28 de setembro é importante que militantes e simpatizantes se mobilizem e que votem em António Costa”, frisou Carlos César.
Intervenção de Vasco Cordeiro
Intervenção de Carlos César
Intervenção de António Costa
Intervenção de Sérgio Ávila