“O Governo dos Açores já financia a investigação científica na área das alterações climáticas, através de dois projetos aprovados em 2012 pela Direção Regional de Ciência e Tecnologia, mas também num o projeto europeu MOVECLIM no âmbito do NETBIOME, que é co-financiado pelo Governo dos Açores”, recordou Paulo Borges.
O deputado socialista falava esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na cidade da Horta.
Paulo Borges espera que estas investigações científicas “continuem a ser realizadas, independentemente das propostas que os investigadores vierem a apresentar, que preferencialmente devem visar ser úteis à Região”.
Para Paulo Borges, “todas as Regiões Ultraperiféricas, em particular os Açores” devem “tomar em consideração os resultados destas investigações em futuras alterações de documentos de gestão territorial, considerando os impactos das alterações climáticas e os resultados científicos de investigação que venha a ser realizada nos Açores e noutras ilhas”.
O parlamentar socialista alertou para aspetos práticos, referindo-se à lavoura, considerando que “estes estudos revestem-se de grande importância, já que é expectável que nas próximas décadas as alterações climáticas promovam alteração das nossas pastagens e será necessário, também, algum apoio aos nossos lavradores para saberem como gerir essa nova realidade para manterem a sua rentabilidade”.
“O Governo dos Açores deve assumir a responsabilidade de procurar minimizar os impactos ambientais da atividade humana. Mas a realidade é que todos, individualmente, também somos responsáveis pelo bem-estar do nosso planeta, quando deixamos uma luz acesa durante mais tempo do que o necessário ou quando deixamos o computador acesso mais do que deveríamos”, concluiu Paulo Borges.