“A postura político-partidária não se deve sobrepor aos interesses superiores da Região e dos Açorianos; a Sata não deve ser utilizada como arma de arremesso político, uma vez que se trata de um instrumento essencial para o nosso desenvolvimento e afirmação Autonómica”, defendeu Miguel Costa.
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS falava esta terça-feira, em plenário regional, na cidade da Horta.
Miguel Costa classificou o plano estratégico da companhia aérea Açoriana – recentemente apresentado – como “ambicioso e corajoso”, tendo em conta que as “circunstâncias mudaram” e que se pretende uma Sata “preparada e adequada, competitiva para servir os Açores nas suas acessibilidades e nos fluxos turísticos que se pretendem aumentados no futuro”.
O socialista lembrou que após “quase três anos do início do processo de Revisão das Obrigações de Serviço Público (OSP’s) Aéreo entre os Açores, Continente e Madeira, hoje estamos à porta de iniciar um novo ciclo, que só ficará verdadeiramente completo e integrado com a revisão das OSP’s interilhas, tendo sido já anunciada para breve a sua concretização”.
O deputado socialista recordou que a revisão das OSP’s foi um compromisso do Governo dos Açores e do PS, que “sempre defenderam, acima de tudo, a importante e imprescindível garantia de proteção dos açorianos residentes e estudantes”, objetivo concretizado com a aplicação de um “teto máximo de 134 euros para residentes na deslocação ao Continente Português e 99 euros para estudantes na mesma ligação, numa viagem de ida e volta, já a partir do final do próximo mês de Março”.
Miguel Costa realçou que o novo modelo “mantém as atuais gateways, com a revisão das obrigações de serviço público nas rotas com Horta, Pico e Santa Maria, onde se prevê o aumento de mais um voo semanal para o Pico e Santa Maria”, estando também prevista a “imposição de obrigações de serviço público para transporte aéreo de carga e correio”.
Para o deputado socialista, o facto dos Açorianos poderem utilizar qualquer das Gateways para entrar e sair da Região sem qualquer custo adicional garante “uma efetiva mobilidade a todos os Açorianos, de todas as ilhas”, um “princípio de coesão territorial que sempre presidiu ao trabalho desenvolvido pelo Governo dos Açores”.
A Sata continuará a ser estratégica para os Açores no futuro, até por uma questão de afirmação e da nossa própria Autonomia, sendo fundamental no novo cenário que se avizinha, mas nunca como regulador de preços ou regulador de mercado, como defendeu o PSD”, conclui Miguel Costa.
Intervenção de Miguel Costa