“O Partido Socialista está empenhado em fazer tudo ao que está ao seu alcance e utilizar todas as suas competências e meios para apoiar as famílias e as empresas açorianas a ultrapassar a crise, em coligação com os Açorianos. O PSD Açores que requereu este debate de urgência sobre a crise social e económica está empenhado em participar numa coligação negativa de apoio a Pedro Passos Coelho e de ataque permanente e destrutivo ao PS e ao Governo”, defendeu o Líder Parlamentar do PS Açores no Parlamento Açoriano, no âmbito de um debate de urgência sobre a situação económica e social da Região.
Segundo Berto Messias, “há um facto politico muito relevante e bem demonstrativo da ação do PSD/Açores nestas áreas, ou seja, na intervenção que acabaram de fazer de enquadramento deste debate não apresentaram uma única proposta, uma única ideia, um único contributo para melhorar a situação social e económica dos Açores. Isso acontece porque os senhores são corresponsáveis pela situação que vivemos”.
“Qualquer discussão séria sobre este tema não pode escamotear, como os senhores fazem, os impactos externos da crise internacional que afetou muitos países ou a austeridade brutal que infelizmente nos chegou do Governo da República. Recorde-se, por exemplo, as medidas que não estavam no Memorando da Troika como o fim dos subsídios de férias e de Natal ou a Sobretaxa de IRS. Recorde-se a primeira medida de Vitor Gaspar de cortar metade do subsídio de Natal, uma medida que tirou ao pequeno comércio açoriano cerca de 25 Milhões de euros e que empurrou muita gente para o desemprego e muitas lojas deste sector para a falência, ou recorde-se o corte de ordenados, de pensões e o aumento de impostos que o Governo de Passos Coelho nos impôs”, disse Messias.
Segundo o Líder Parlamentar do PS Açores, “perante este cenário difícil, o Governo arregaçou as mangas e criou um conjunto de medidas amenizadoras desta austeridade, como são as medidas de apoio as empresas, os apoio sociais regionais como o complemento ao abono de família, o complemento regional de pensão, o programa de aquisição de medicamentos, o alargamento da remuneração complementar ou a medida já apresentada de redução de impostos na Região que abrangerá e beneficiará cerca de 90% das famílias açorianas”.
“Infelizmente, o que vemos do maior Partido da oposição é a recusa em ajudar este caminho e em estar mais preocupado em atacar o Governo e o PS do que em apresentar soluções. Os senhores têm toda a legitimidade para apontar problemas e preocupações, mas têm a obrigação ética e moral de apresentar propostas exequíveis e sérias, coisa que não tem feito”, disse Messias, realçando o facto de a Moção Global de Estratégia do Deputado Duarte Freitas ao Congresso do PSD “não tem uma única proposta para melhorar o Serviço Regional de Saúde, a educação, para promover o emprego na Região, para melhorar a solidariedade social, nada: é um deserto de ideias, de propostas e de contributos e tendo em conta que a Moção Global é a antecâmara das propostas que esse partido apresentará aos eleitores, verifica-se a fraqueza de ideias e de capacidade do PSD para enfrentar os desafios do presente e do futuro”.
Messias lembrou ainda que o passado recente teve episódios em que os deputados do PSD/Açores, na Comissão de Economia do parlamento Açoriano e na Assembleia da República “apoiaram o Orçamento do Estado 2015, votando contra medidas de apoio aos Açores, que iam reforçar apoios à Universidade dos Açores, apoiar medidas de compensação pela redução norte-americana na Base das Lajes e foram também os deputados do PSD/Açores que na Assembleia da República nada fizeram para que a Região fosse apoiada na sequência das intempéries de 2013”.
Intervenção de Berto Messias