“República tem de assumir responsabilidades na limpeza dos aquíferos da Terceira”, defende Francisco Coelho

PS Açores - 17 de abril, 2015
“O problema da contaminação dos aquíferos na Praia da Vitória envolve três intervenientes: as forças norte-americanas, o Governo dos Açores e o Governo da República. A verdade é que este último nunca assumiu as suas responsabilidades e este Parlamento não deve aceitar esta realidade”, destacou Francisco Coelho. O deputado socialista intervinha esta sexta-feira na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. Francisco Coelho sublinhou a importância de aprovar uma resolução que pressione o Governo da República a “responsabilizar-se de uma forma mais ativa no processo de descontaminação dos aquíferos terceirenses, nomeadamente suportando os custos”. “Sabemos que existe o problema. Sabemos que os norte-americanos reconheceram a sua responsabilidade e apresentaram um projeto de descontaminação. Sabemos que foi o Governo dos Açores que pagou o projeto de diagnóstico e que contratou o Laboratório Regional de Engenharia Civil; são igualmente estas entidades que têm assumido as suas responsabilidades, funcionando como comissão técnica do projeto que está em curso. Então quem é que não está a cumprir com as suas obrigações?”, questionou o deputado socialista. Francisco Coelho destacou ainda o facto de ter sido este Governo dos Açores que “teve que fazer o diagnóstico da situação da Praia da Vitória, pois era este executivo que estava no terreno”. O deputado socialista denunciou ainda o “desconhecimento revelado pelo Governo da República em relação à situação de contaminação da Praia da Vitória, que teve de recorrer ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, para reunir dados”. “Ficou esta sexta-feira patente a unidade e coesão da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, para que o Governo da República, independentemente da sua cor política, não continue a impor o silêncio ensurdecedor a que temos assistido na matéria da limpeza dos aquíferos da Praia da Vitória, na ilha Terceira”, frisou Francisco Coelho.