“Faltou vontade política a este Governo da República para certificar pista das Lajes para a aviação civil”, denunciou Lara Martinho

PS Açores - 8 de setembro, 2015
A candidatura do PS/Açores salientou, esta terça-feira, a falta de vontade política que este Governo da República da coligação do PSD-CDS/PP teve para certificar a pista da Base das Lajes para a aviação civil, com a agravante de ter tido uma Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional de origem Açoriana, que concorre agora a deputada na Assembleia da República. Lara Martinho frisou que o “caráter militar da pista das Lajes condicionou desde sempre as operações da aviação civil” e recordou que o protocolo para utilização civil do Aeroporto das Lajes “depende exclusivamente de entidades nacionais, nomeadamente, do Ministério da Defesa e da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), tal como assumiu, recente e publicamente, o ex-comandante da Zona Aérea dos Açores”. A candidata socialista às eleições do próximo dia 4 de outubro questionou “se a falta de certificação da pista das Lajes para a aviação civil não estará também a condicionar a vinda das low cost para a Terceira”, lembrando “o incidente recente de uma aeronave da Ryanair, que teve de declarar situação de emergência para aterrar nas Lajes”, para além da “ainda mais recente recusa pelo Governo PSD/CDS, ainda injustificada, da proposta apresentada por aquela companhia aérea para voar para a Terceira”. Lara Martinho considera que “este constrangimento deve ser rapidamente resolvido tal como consta, aliás, do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT) apresentado pelo Governo dos Açores ao Governo da República, há alguns meses atrás”. “O que é lamentável é que este processo esteja parado no gabinete do Ministro da Defesa desde julho de 2012 e que a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, agora candidata pelo PSD/Açores, só tenha dado início ao processo de certificação do Aeroporto das Lajes para uso civil no passado dia 2 de julho, perto do fim de um mandato onde poderia ter exercido a sua influência e ter feito a diferença pela Terceira e pelos Açores”, lembrou Lara Martinho.