Na sua ação tem acompanhado a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. Como vê a importância da ação destas instituições?
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens tem um papel fundamental no acompanhamento dos processos em estreita parceria com outras entidades, que têm na família o seu objeto de trabalho, bem como na prevenção de comportamentos desviantes através das ações levadas a cabo ao longo dos anos. As crianças e jovens são um público alvo sensível por estarem em processo de crescimento e formação.
Considera que os problemas sociais do Faial exigem esta atenção permanente?
Os problemas sociais que envolvem as crianças e jovens, ao nível do abandono escolar, negligência familiar e comportamentos de risco, exigem de todas as entidades uma particular atenção e uma atenção permanente. Exige, igualmente, por parte das famílias um acompanhamento cada vez maior. O grande desafio passa por conseguirmos comunicar com os nossos jovens, perceber as suas preocupações e ansiedades e estabelecer relações de confiança.
Que trabalho considera que ainda pode ser feito para minimizar os problemas que afetam crianças e jovens do arquipélago?
Penso que a nossa ação passa por melhorar os meios de comunicação.
Os nossos jovens têm hoje acesso a muita e diversificada informação e as ferramentas tecnológicas ao seu dispor proporcionam-lhes um grande manancial de conhecimento que, muitas vezes, tem de, e deve, ser filtrado. O papel dos adultos e das instituições que trabalham com as problemáticas juvenis, implica uma responsabilidade acrescida para conseguir estabelecer relações de confiança e desenvolver canais de comunicação mais atrativos e que “falem” a mesma linguagem dos nossos jovens. Portanto, os aspetos fundamentais deste processo são: ouvir mais os jovens, falar a sua linguagem e perceber os seus pontos de vista.
A problemática social exigirá sempre uma atenção redobrada de um eleito, neste caso, à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores?
Os eleitos, enquanto representantes dos cidadãos, têm a responsabilidade de conhecer de uma forma global a realidade da sua ilha e da Região em geral. Naturalmente que as matérias ligadas às áreas sociais, pela própria sensibilidade dos problemas a elas associados, exigem de todos nós uma preocupação acrescida e uma atenção permanente.