O Grupo Parlamentar do PS acusou esta quinta-feira o PSD/Açores de quebrar o consenso político conseguido na Região sobre a importância de criar medidas de apoio à Terceira para mitigar os impactos económicos e sociais da redução militar norte-americana na Base das Lajes.
A posição foi defendida por Nuno Meneses, através de um voto de protesto que apresentou em nome do PS, no Parlamento Açoriano.
Nuno Meneses classificou como “profundamente infelizes e insensatas” as declarações do deputado do PSD/Açores à Assembleia da República, António Ventura, a um jornal nacional de referência, ao qual terá afirmado que o Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT) foi feito para os Açores “sacarem dinheiro à República e aos Estados Unidos, para o governo receber um cheque em branco”.
Para o deputado socialista, estas afirmações “desconsideram todos os intervenientes na elaboração do documento – o Governo dos Açores, as câmaras municipais da Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória, a Câmara de Comércio e Indústria de Angra do Heroísmo e os demais parceiros sociais e económicos terceirenses – mas também todos os Terceirenses e Açorianos que estão a contas com grandes dificuldades e indefinições empresariais e profissionais, devido às reduções norte-americanas”.
Nuno Meneses lembrou que o PREIT “consubstancia uma agenda política fundamental para o futuro da nossa Região e define um conjunto de ações com responsabilidade tripartida entre o Governo dos Açores, o Governo da República e o Governo Norte-Americano, por forma a minimizar os impactos negativos destas reduções”.
“Até agora tivemos na Região um consenso político na defesa dos interesses da Terceira e dos Açores, naquele que é um processo de grande complexidade, com uma vertente política e diplomática que exige grande determinação de todos nós. O PSD/Açores, através de António Ventura, desconsiderou os Açorianos, não defendendo condignamente a terra que o elegeu”, lamentou o socialista, Nuno Meneses.
Excerto da intervenção de Nuno Meneses