O presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista manifestou confiança “num diálogo europeu em que façamos valer as nossas razões beneficiando da determinação que o Primeiro-ministro já demonstrou e usou com sucesso, em contraste com a penitência a que o Governo anterior se sujeitou e sujeitou os portugueses”.
Ao intervir no debate quinzenal na Assembleia da República, e dirigindo-se ao Primeiro-ministro, solicitou que quando o Governo remeta a Bruxelas o Plano de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas “apresente os nossos cumprimentos e diga-lhes que nós precisámos deles mas que eles também precisam de nós”.
Após um mês de discussão parlamentar sobre o Plano Nacional de Reformas e sobre o Plano de Estabilidade, o líder parlamentar do PS considerou que os programas “renovam, numa parte, o compromisso político do PS com os partidos com quem firmou acordos para a governação, e noutra, os compromissos a que estamos sujeitos com as autoridades europeias. Nunca estes programas foram tão escrutinados e discutidos no país por iniciativa do Governo, especialmente antes de serem enviados e avaliados pela União Europeia”.
“O país tem um governo que cumpre os seus compromissos e uma maioria que garante a estabilidade política de que Portugal carece e que a direita não soube reconstruir nem lhe poderia dar”, afirmou.
Dirigindo-se às bancadas do PSD e do CDS, Carlos César disse que “a direita não só não entende como se desentende consigo própria”, salientando as divergências entre António Lobo Xavier e Assunção Cristas, nem “têm competência para julgar as previsões que fazemos. Anunciar o que não se faz, prometer o que não se cumpre, dar o que não se tem e propor o que se rejeitou é uma marca do passado que não se pode repetir no futuro”.