A Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS defendeu, na Assembleia da República, o estabelecimento de “uma cooperação e integração económica especial entre as Regiões Ultraperiféricas da União Europeia (RUP) e os Estados Unidos da América, que possa solucionar os problemas identificados pela Madeira e pelos Açores, cujo o fluxo comercial com os EUA é particularmente significativo”.
No debate de urgência, hoje no Parlamento, a propósito do acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) e o Acordo Económico e Comercial Global (CETA), Lara Martinho perspetivou os benefícios, a longo prazo, para a economia europeia e portuguesa, mas lançou, dois alertas: “O primeiro diz respeito à controvérsia gerada à volta da falta de transparência e da falta de acesso à informação. O segundo, diz respeito à avaliação e projeção que devíamos fazer sobre o custo de não termos o TTIP”, declarou Lara Martinho destacando a importância de “uma reflexão mais aprofundada” exemplificando com o colóquio dedicado aos “Desafios e Oportunidades do Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento” que o Grupo Parlamentar do PS organizou.
Um dos oradores convidados foi Augusto Santos Silva. O Ministro dos Negócios Estrangeiros, disse que “o acordo faz sentido” se for “um acordo ambicioso”, explicando que um acordo ambicioso “significa melhorar as condições do comércio bilateral entre os Estados Unidos e a União Europeia no domínio alfandegário, no âmbito das barreiras não alfandegárias, da proteção das indicações de origem (produtos IGP) e do abaixamento dos custos para a atividade económica”.
Em maio, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução, no qual identificava diversas áreas a acautelar, a propósito das negociações em curso. O acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento entre a União Europeia e os EUA é “um dos acordos mais escrutinados de sempre”, realçou Lara Martinho, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS.