A secção da Ribeira Grande do Partido Socialista realizou, em abril último, uma visita às obras da nova escola EBI Gaspar Frutuoso, confirmando in loco que todos os prazos estavam a ser cumpridos e que a escola estaria pronta no prazo previsto.
Tendo verificado que as obras de requalificação das ruas anexas à obra, da responsabilidade da Câmara Municipal da Ribeira Grande, ainda não se tinham iniciado, nem tendo conhecimento de qualquer adjudicação dessa obra, o PS questionou Alexandre Gaudêncio sobre esse facto na última sessão da Assembleia Municipal, ao que foi respondido que “não acreditava” que a escola estivesse pronta dentro dos prazos, ao que acresce a posição emitida em artigo do jornal Açoriano Oriental do passado domingo.
A secção da Ribeira Grande do PS acredita que “a conclusão de uma obra não se calcula à vista, nem é uma questão de crença ou de fé”. A posição de Alexandre Gaudêncio, prima por um “total desconhecimento de como se programa uma obra deste vulto e de como um projeto de engenharia calendariza todas as etapas com rigor”, consideram os socialistas da Ribeira Grande, acrescentando que “quando o plano da obra foi apresentado na cerimónia de lançamento da primeira pedra, o Presidente da Câmara Municipal estava presente”.
A secção da Ribeira Grande do PS entende que “esta tomada de posição foi apenas mais uma manobra mediática de Alexandre Gaudêncio como forma de distração para o facto de a Câmara Municipal estar em falta com a sua parte do projeto, no que respeita aos acessos à nova escola”.
Para o Partido Socialista da Ribeira Grande, os factos comprovam a falta de planeamento do atual autarca. A nova escola ficará pronta dentro de 76 dias e e Alexandre Gaudêncio, ao lançar um concurso, no passado dia 15 de junho, com vista a construir os acessos à nova escola, com um prazo de execução de 120 dias, “está a demonstrar a sua incapacidade de gestão num setor fundamental para o desenvolvimento do concelho”, denuncia o PS da Ribeira Grande, sustentando que “se algum constrangimento houver, desde já se percebe que se deve à demora do município em lançar a sua obra”.
O presidente da Câmara da Ribeira Grande reincide, assim, num procedimento lesivo para o município – não cumprindo as obrigações que lhe competem, apostando numa gestão dia-a-dia, que protela a execução de verdadeiros projetos estruturantes e cruciais para a Ribeira Grande, preferindo atuar na base de uma frenética avalancha de anúncios de propaganda diária, sem o mínimo conteúdo prático.