O Presidente do PS/Açores reiterou, este domingo, a sua visão de “desenvolvimento de um turismo sustentável”, a diversos níveis, na Região Autónoma dos Açores.
Falando na ilha do Pico, num comício, perante centenas de apoiantes, Vasco Cordeiro realçou os “crescimentos históricos do turismo na ilha do Pico”, quer “em termos de número de dormidas, quer em receitas e criação de riqueza” e defendeu o “crescimento sustentado do destino Açores”.
“Em termos económicos, pretendemos contribuir para diminuir a sazonalidade, garantindo a sustentabilidade social, combatendo a precariedade laboral no setor e criando condições para ter melhores salários; em termos de sustentabilidade ambiental, para o PS/Açores, é importante que o património que recebemos das gerações que nos antecederam, possa também ser um património que possamos transmitir às gerações que nos seguem, não como algo estático apenas para contemplar, mas que seja um património natural que, devidamente preservado e sustentado, possa ajudar ao crescimento económico e à criação de emprego em todas as nossas ilhas”.
Vasco Cordeiro considerou que “muito trabalho está feito, mas há ainda muito trabalho a fazer, do ponto de vista da qualificação do destino, de fazer mais pela qualidade dos nossos serviços e dos nossos produtos”, manifestando a sua ambição de “alinhar cada vez mais a eficácia da promoção do destino Açores com o Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores”.
O socialista recordou que o percurso dos últimos quatro anos foi “particularmente exigente e desafiante para as famílias e as empresas Açorianas”, que foram “assoladas por um vendaval de austeridade que nos chegou da República, com a cumplicidade do PSD e do CDS-PP dos Açores”, lembrando que foi o Governo Regional do PS que “cerrou fileiras em defesa dos Açorianos”.
A esse respeito, o Presidente do PS/Açores lembrou que o anterior Governo da República foi “responsável por um dos maiores atentados à Autonomia dos Açores na questão do Mar dos Açores, quando fez aprovar uma lei que diz que os Açorianos não têm nada a ver com a exploração do mar dos Açores, que quem deve decidir sobre a exploração do Mar dos Açores deve ser Lisboa”, postura que mereceu uma forte oposição do executivo regional, que “está já a trabalhar com o Governo da República, no sentido de rever esta lei, de forma a respeitar os direitos do povo Açoriano”, adiantou.
“Infelizmente, não se pode contar com o CDS para construir uma solução que respeite o direito do povo Açoriano decidir sobre o seu Mar”, lamentou o líder socialista.
Referindo-se concretamente à ilha do Pico, Vasco Cordeiro realçou o trabalho feito nesta legislatura nas acessibilidades aéreas, com o “aumento das frequências, a criação de condições e de massa crítica, para que o Pico possa funcionar como um pólo de atratividade de ligações com o exterior”.
“Mas sabemos que é preciso mais”, insistiu, apontando a “melhoria das condições de operacionalidade da pista do aeroporto do Pico”, uma medida patente no manifesto eleitoral socialista, através do ‘Grooving’, uma intervenção que já foi feita na pista do Faial e que permite uma melhoria do desempenho aeronáutico.
Vasco Cordeiro valorizou o “grande trabalho que está a ser feito na indústria de transformação de leite da Cooperativa Leite da Montanha” e as “novas possibilidades que se abrem para dar outra sustentabilidade, em relação à valorização dos lacticínios do Pico”.
Sobre as pescas, o líder dos socialistas Açorianos quer “ajudar a valorizar” e que o setor seja “um fator de desenvolvimento”, assumindo que há “trabalho a fazer nessa área, do ponto de vista das infraestruturas e das condições, para que esse setor possa ser uma fonte de rendimento justo e equilibrado para todos os intervenientes na fileira”.
Vasco Cordeiro tornou a apelar ao voto, lembrando que “as noticias, as sondagens, as declarações dos partidos políticos que possam indicar que o PS já ganhou as eleições nada significam, porque só contam os votos que entrarem nas urnas no dia 16 de outubro”.
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