A Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, após reunir com os parceiros do setor e por forma promover medidas rigorosas de gestão da quota do goraz, decidiu adotar uma nova chave de repartição da quota atribuída a cada ilha bem como um novo padrão de gestão trimestral da quota desta espécie.
O Governo dos Açores pretende com a portaria publicada em Jornal Oficial, esta segunda-feira, dia 30 de janeiro, permitir um maior equilíbrio nas capturas ao longo do ano com o objetivo de assegurar uma maior rentabilização do recurso e um melhor acompanhamento das capturas, contribuindo, desta forma, para o aumento do rendimento dos pescadores.
Com o novo modelo de repartição por ilha para os anos de 2017 e 2018, o Corvo e Santa Maria obtêm cerca de oito toneladas de quota, São Jorge cerca de 13 e as Flores cerca de 18 toneladas. A ilha do Pico recebe perto de 28 toneladas, a Graciosa cerca de 50, o Faial à volta de 78 toneladas, a Terceira cerca de 124 e São Miguel quase 179 toneladas.
Esta repartição das 507 toneladas de quota destinadas aos Açores, que mereceu o acordo dos parceiros do setor, respeitou o historial de capturas de cada uma das ilhas e das respetivas embarcações nos últimos anos, bem como o seu contributo para a economia local, por forma a que fosse mais justa e equitativa e mais próxima do contexto da atividade de pesca de cada ilha.
Com este diploma fica também estabelecido que a quota atribuída a cada embarcação não pode ser, por ano, superior a 2% da possibilidade de pesca anual e passa também a ser proibida a captura de goraz na pesca lúdica aquando do encerramento das possibilidades de captura, por ilha, para a pesca profissional, permitindo, assim, um maior controlo a espécie.
A cedência temporária de parte da quota de uma ilha para outras ilhas pode ser acordada entre o Governo dos Açores e as associações representativas da frota de pesca da Região, face ao apuramento concreto das capturas das respetivas frotas.