O Secretário Regional da Saúde foi o primeiro utente a testar o projeto piloto que substitui o papel pelo formato digital na receita médica e na compra de medicamentos, sendo a 'receita sem papel' uma realidade a partir desta segunda-feira, 30 de janeiro de 2017, nos centros de saúde de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória.
Rui Luís, em declarações aos jornalistas, salientou o "momento histórico", sustentando que se trata de "um passo importante para otimizar a utilização das tecnologias na relação com o utente”. O titular da pasta da saúde adiantou que, no prazo máximo de seis meses, a “receita sem papel” deve estar a funcionar em todas as unidades de saúde da Região.
Após uma consulta no Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, o secretário regional deslocou-se a uma farmácia para adquirir os medicamentos prescritos. O novo modelo permite ao utente dispensar alguns medicamentos que constam da prescrição e levantá-los mais tarde noutra farmácia, além de introduzir poupanças no Serviço Regional de Saúde.
Cada receita é acompanhada de uma mensagem SMS enviada para o telemóvel do utente, com um código, e de uma mensagem por correio eletrónico com as informações relativas à toma dos medicamentos. Numa fase de transição, ninguém fica impedido de aceder aos seus medicamentos caso esteja impossibilitado de utilizar a opção digital, existindo sempre a possibilidade de impressão da guia de tratamento.
”Estamos convencidos que a desmaterialização irá dar mais tempo ao médico para estar com o seu utente porque, como é óbvio, e esse é o nosso objetivo, desmaterializando toda a parte burocrática teremos mais tempo para cuidar do utente”, afirmou Rui Luís.