As opções de José Bolieiro comprometem o futuro de Ponta Delgada, condenando à incerteza as próximas gerações. “São trapalhadas, atrás de trapalhadas”, referem os vereadores do Partido Socialista, para quem é inaceitável que: “as empresas municipais Coliseu Micaelense e Cidade em Ação tenham renegociado empréstimos, já nos seus limites, com período de carência até ao ano de 2018.”, dizem. “Ao fazê-lo, isentam-se de pagamentos em 2017”.
Acresce ainda que a empresa “Coliseu Micaelense” apresenta um resultado negativo de 125.215.37€, a esse resultado negativo adiciona-se um aumento de gastos com serviços externos e, referem os vereadores socialistas, “tal situação é ainda mais incompreensível, apesar do aumento dos gastos, quando se verifica que são menos os eventos realizados, em relação a anos anteriores.” Significa, assim, “que se gastou mais e se fez menos”, destacam.
Já no que diz respeito ao “Azores Parque” a situação também não é minimamente satisfatória. A falta de decisão, visão e empenhamento do Dr. Bolieiro na resolução deste problema “alastra o prejuízo a todo o universo camarário, “obrigando a autarquia, que é acionista do Azores Parque, a reforçar o capital”, referem, acrescentando que “a autarquia irá transferir para o Azores Parque 247.397,51€ e o Coliseu Micaelense, também acionista, 118.713,95€”. Contas feitas: são menos 366.111,46€ a investir em Ponta Delgada!
Para os vereadores do PS, é evidente a falta de “pulso” no setor empresarial local, a falta de visão e a falta de estratégia. Tudo se resolve “atirando dinheiro para cima dos problemas e não resolvendo o problema das pessoas”, afirmam, acrescentando que, “naturalmente daí só pode resultar insegurança dos funcionários dessas mesmas empresas municipais”.
O PS espera por uma solução para o setor empresarial local, desde 31 de outubro de 2016, solução que foi prometida resolver-se em 2 meses. Nada se resolveu, nada se fez. Também, por isso, o PS votou contra as contas das empresas municipais Coliseu Micaelense, Cidade em Ação e Azores Parque.
Relativamente à prestação de contas da autarquia no ano de 2016, o PS também votou contra. Até ao momento, estas contas apresentam apenas 62% de execução do Plano Plurianual de Investimentos e, apenas, 35% dos compromissos eleitorais do Dr. Bolieiro foram cumpridos.
Por último, os socialistas não entendem a decisão de guardar o saldo positivo de 2.382.215€ para investir em 2017 e apenas o podem perceber se pensarem que é ano eleitoral, embora não queiram crer.
“É inadmissível que quem se diz preocupar com a geração futura, empurre para 2018 pagamentos de 2016 e 2017”, apontam os vereadores do PS e “mantenha Ponta Delgada numa inércia total, não aplicando verba de investimento disponível reservando-a para o ano eleitoral”, concluem.