O líder parlamentar do Partido Socialista dos Açores, André Bradford, afirmou esta quarta-feira que o recurso apresentado pelo PPM demonstra que o deputado não convive bem “com opiniões diferentes da sua, com interpretações diferentes da sua e com decisões que não o favorecem”. André Bradford lembrou que só nos últimos cinco anos, Paulo Estevão pediu por seis vezes a demissão da Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores demonstrando assim “a forma como acata as decisões que são tomadas no âmbito da lei e da legitimidade da democracia”.
“O conteúdo do seu recurso é desajustado, exagerado, lamentável em algumas das suas passagens e chega até a ser lesivo do respeito institucional e da sã convivência que deve nortear o nosso relacionamento dentro desta casa”, classificou o líder parlamentar socialista.
André Bradford considerou que “não foi violada nenhuma prerrogativa democrática” ao deputado monárquico. Realçou que “não é a mesma coisa colocar perguntas diretas ao Governo ou solicitar elementos informativos que levem a uma multiplicação de respostas que depois tenham de ser trabalhados do ponto de vista de listagem. Não é a mesma coisa, não é com as nossas regras, não o é para qualquer observador”. Acrescentou ainda que “fazer crer às pessoas que o que se passaria aqui seria uma mera resposta, rápida, a uma pergunta direta não tem cabimento, não tem fundamento”.
O líder parlamentar lembrou que já houve situações semelhantes com requerimentos de outros partidos e que o procedimento foi o mesmo seguido no caso agora em discussão.