O Presidente do Governo reafirmou hoje que o Executivo defende a ampliação da pista do Aeroporto da Horta, mas adiantou que não está disposto a pôr todos os Faialenses e os restantes Açorianos a pagar pelas omissões e falhas do anterior Governo da República, do PSD, neste processo.
“A posição do Governo dos Açores sobre esta matéria é clara: o Governo dos Açores defende a ampliação da pista do Aeroporto da Horta”, afirmou Vasco Cordeiro, no debate sobre transportes que decorreu na Assembleia Legislativa.
Segundo Vasco Cordeiro, neste processo, o Governo dos Açores “não está disposto a pôr todos os Açorianos a pagar pelas omissões do Governo da República do PSD".
"A altura certa para colocar esta questão, em sede da assunção de custos pela ampliação da pista, era no processo de privatização da ANA”, frisou.
“O anterior Governo da República do PSD entendeu que não e lamento que posição do PSD seja, agora, a de querer pôr os Açorianos a pagar por um erro e por uma falha do seu partido”, sublinhou o Presidente do Governo.
Perante os deputados regionais, Vasco Cordeiro adiantou ainda que, para além de defender a ampliação da pista, o Governo dos Açores preconiza também a melhoria das condições das obrigações de serviço público que servem o Faial, por ser por aí que mais diretamente se cumpre o objetivo final de ter mais companhias e mais passageiros nesta ilha.
Neste debate parlamentar, o Presidente do Governo recordou, por outro lado, que é sabido que o processo do novo modelo de acessibilidades aéreas à Região esteve, cerca de três anos, “parado nas gavetas do Governo da República chefiado por Pedro Passos Coelho e, só quando o Ministro da Economia deixou de ser do PSD, é que este assunto se resolveu”.
Relativamente ao pagamento dos reencaminhamentos entre as ilhas, Vasco Cordeiro explicou que, ao contrário do que defendeu o Governo dos Açores, de que o protocolo que regula esta matéria não necessitava de visto do Tribunal de Contas, o Governo da República da responsabilidade do PSD resolveu, mesmo assim, mandar o protocolo para o Tribunal de Contas.
“O facto é que só em dezembro de 2016, portanto, há cerca de três meses, é que o Tribunal de Contas respondeu que não estava sujeito a visto”, disse Vasco Cordeiro, ao adiantar que está, assim, retomada a normalidade na aplicação do protocolo em causa.