Vítor Fraga afirma que João Guilherme “será sempre lembrado como um herói de abril”

PS Açores - 25 de abril, 2017
O Secretário Regional dos Transportes e Obras Públicas afirmou hoje que o açoriano João Guilherme Rego Arruda, natural de Santo António, no concelho de Ponta Delgada, que morreu a 25 de abril de 1974, em Lisboa, quando as forças da então Direção Geral de Segurança dispararam sobre os manifestantes, “foi e será sempre lembrado como um herói de Abril”. Vítor Fraga, que falava naquela freguesia, na cerimónia de inauguração do 'Monumento à Liberdade', cuja peça principal é o busto de João Guilherme Rego Arruda, salientou que esta homenagem “lembra um Açoriano que nos deve orgulhar a todos pelo seu envolvimento e pela sua coragem e dedicação na revolução de abril”. O Secretário Regional, dirigindo-se à família do homenageado, frisou não ser fácil “imaginar a dor por ver partir tão cedo um jovem de 20 anos", acrescentando que João Guilherme é "um exemplo de luta firme e tenaz pela implementação da Democracia no nosso país e a favor da liberdade de todos nós”. Para Vítor Fraga, “se há significado que se possa retirar do facto de estarmos hoje aqui, todos juntos, a celebrar abril através desta homenagem, penso que é a ideia de que o 25 de abril não é propriedade de nenhum partido político nem das opiniões de ninguém”. Nesse sentido, salientou que a revolução de 1974 trouxe aos portugueses “a possibilidade de decidir sobre o seu presente e o seu futuro" e, nos Açores, "por via da consagração da Autonomia, trouxe também a liberdade de todos poderem escolher livremente quem os governa, ou seja, os governos regionais”. “Outra das grandes conquistas do 25 de abril foi um poder local democrático”, frisou o Secretário Regional, lembrando as primeiras eleições autárquicas realizadas em 1976, através das quais “as autarquias e o poder local se constituíram como uma realidade inteiramente democrática, resultado do sufrágio direto e universal, recuperando a autonomia e conquistando simultaneamente novas atribuições e competências próprias”. Para Vítor Fraga, a liberdade e a democracia trouxeram à tona “o verdadeiro sentido da política”, que passa por “resolver os problemas das pessoas, definindo prioridades, procurando soluções, enfim, com liberdade, com espírito democrático e com vontade e em cooperação, conseguir o melhor de nós próprios a favor de quem, democraticamente, nos elegeu”. “Nada nos sacia tanto como a conquista da liberdade e da democracia, feita, também, por punhos da nossa gente, ilhéus, Açorianos”, frisou Vítor Fraga. [GaCS]