Investimento no Porto de Ponta Delgada é “estruturante para a dinamização” da economia, afirma Vítor Fraga

PS Açores - 19 de maio, 2017
O Secretário Regional dos Transportes e Obras Públicas afirmou hoje que o investimento de 32 milhões de euros que será realizado no Porto de Ponta Delgada é “estruturante para a dinamização da economia" da ilha de São Miguel, mas também de toda a Região. Vítor Fraga, que falava na apresentação do projeto do reperfilamento dos cais, repavimentação do terrapleno portuário, beneficiação das redes técnicas e dragagem da bacia do porto, salientou que “parte deste investimento já estava previsto antes dos fortes temporais que atingiram esta estrutura portuária em dezembro de 2015 e em janeiro de 2016” e que “obrigaram a avançar com a obra de reforço do manto de proteção do molhe principal do porto”, num investimento de cerca de nove milhões de euros já em curso. A este investimento, acrescentou Vítor Fraga, “juntam mais cerca de 5,5 milhões de euros relativos às obras de reparação do Cais Depósito POL NATO”, empreitada cujo concurso público, da responsabilidade do Ministério da Defesa Nacional, foi publicado hoje em Diário da República. O titular das pastas dos Transportes e das Obras Públicas frisou que o Porto de Ponta Delgada “receberá, assim, investimentos globais de cerca de 46,5 milhões de euros, que permitirão, não só recuperar os danos que a estrutura sofreu, mas também dotá-lo das condições necessárias para servir a economia da Região nas próximas décadas”. Este investimento, frisou Vítor Fraga, “irá melhorar de forma significativa a operacionalidade e a capacidade no Porto de Ponta Delgada”, já que “será reabilitada a infraestrutura, permitindo, por exemplo, a operação de navios de contentores 'em linha' e no mesmo terrapleno, diminuindo o número de movimentações e ciclos de transporte, melhorando a produtividade e com menor desgaste para os equipamentos do porto”. “Ao aumentar em 40% a área do atual terrapleno, permite-se também que, no futuro, sejam operados mais 65 mil contentores de 20” (TEUS) do que em 2007, ano em que se registou o maior movimento de sempre de mercadorias no porto”, acrescentou. Com a concretização deste investimento, “não só se garante a integridade infraestrutural do cais comercial, como se potencia a sua operacionalidade pela concentração da operação de contentores, pela redução do esforço sobre o equipamento e pela mitigação de avarias”, adiantou o Secretário Regional. Vítor Fraga sublinhou também que as obras projetadas integram uma das medidas destinadas a prosseguir o objetivo programático do XII Governo Regional “de otimizar a operação de transporte marítimo de mercadorias de e para os Açores e entre as diferentes ilhas do arquipélago”, sendo necessário, no entanto, “lembrar que, ao contrário do que alguns têm insistido em afirmar, esta infraestrutura não esteve ao abandono, nem caiu no esquecimento nos últimos anos”. “Ao longo dos últimos 20 anos foram realizados investimentos de cerca de 93 milhões de euros, quer ao nível das infraestruturas, quer ao nível dos equipamentos, visando exatamente prosseguir e garantir a melhoria da operacionalidade, da segurança e da qualidade de serviço prestado”, afirmou. O Secretário Regional salientou ainda que o investimento que o Governo dos Açores está a levar a efeito neste porto “não é caso único na Região”, dado que está a ser desenvolvido “um esforço significativo em várias ilhas para dotar os portos de melhores condições de operacionalidade e de segurança”, apontando os casos do Porto da Casa, no Corvo, do Porto das Poças, nas Flores, e do Porto das Velas, em São Jorge, que representam, no total, um investimento superior a 35 milhões de euros. “Na prática, se juntarmos os 41 milhões de euros do Porto de Ponta Delgada a estes 35 milhões, estamos a falar de um investimento superior a 76 milhões de euros em curso em diversos portos da Região, que se apresenta como estruturante para o fortalecimento da economia regional como um todo, mas também como um fator de coesão territorial entre as várias parcelas do nosso território”, afirmou Vítor Fraga. Para o Secretário Regional, trata-se de “investimentos que surgem na altura certa, na perspetiva de potenciar, cada vez mais, o bom clima económico que se vive na Região, cabendo ao Governo, enquanto entidade pública, criar as condições para que os privados possam tirar partido dos sinais de retoma consistentes que se têm verificado aos mais variados níveis”. [GaCS]