Foi agendada para a reunião camarária do dia 24 de maio, uma proposta de Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo Cultural. Essa proposta, que se destinava a análise e votação, foi retirada do agendamento, depois do PS ter denunciado a existência de plágio em dois parágrafos do documento.
De acordo com Nuno Miranda, vereador do PS, na Câmara Municipal de Ponta Delgada, aquando da leitura do documento: “verificou-se que os dois primeiros parágrafos desse documento eram exatamente iguais aos do Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo Cultural da Câmara Municipal de Felgueiras”.
Considerando que esta mesma situação – de plágio de documento – já aconteceu no passado (em abril de 2016), com outro documento sobre Cultura, nesta mesma autarquia liderada por José Manuel Bolieiro, entendeu o PS protestar no sentido de perceber os motivos pelos quais tal situação se voltava a passar.
Note-se, ainda, que para além da situação de plágio já referida, este documento colocado agora à votação, era substancialmente distinto do documento, colocado à consideração dos vereadores da Câmara Municipal de Ponta Delgada, no final do passado mês de abril, o que denota ou uma incompetência extrema ou pura e manifesta má-fé. Em resultado de protesto do vereador do PS, o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada retirou o documento.
Nuno Miranda lamenta que a Câmara Municipal de Ponta Delgada esteja a procurar de “forma apressada e atabalhoada” aprovar um Regulamento desta natureza, e afirma que o “PS não compreende nem aceita esta estratégia”, apesar de há já um ano ter proposto a existência de um Regulamento desta natureza.
Por outro lado, foram ainda tratados assuntos relacionados com os custos do jantar comemorativo dos 100 anos do Coliseu Micaelense. O jantar custou aproximadamente 14 mil euros (6500 para pagar a artista que atuou para aproximadamente 100 pessoas e 7500 para o jantar).
Nuno Miranda manifestou estranheza e salientou que esse “custo é similar ao da realização da gala de solidariedade”, com a diferença, disse “de que só beneficiaram deste evento cerca de 100 pessoas.”
“Na ótica da tão anunciada democratização do acesso à cultura e às atividades culturais”, salientou o vereador socialista, “esta verba gasta podia ser aplicada num espetáculo com a mesma artista, para toda a população e não para um grupo de privilegiados”, disse.
Finalmente e em relação aos assuntos tratados na reunião pública da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Nuno Miranda salientou, igualmente, a falta de cumprimento de uma promessa, a da compra de uma máquina de monda térmica no prazo de duas semanas. Com efeito, esta promessa feita há 3 meses pelo Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, para substituir o uso de glifosato, não foi cumprida, tendo o vereador do PS, aproveitado para lamentar que apesar de terem [há 3 meses] “inclusive avançado com os valores do investimento, 16 a 30 mil euros” digam agora “que o processo ainda se encontra em análise e que não existe uma posição tomada.”
Para Nuno Miranda “essa desarticulação no executivo camarário é incompreensível”. Não se percebe como pode o Presidente da Câmara anunciar uma aquisição como facto consumado” e passados três meses ainda não haver decisão.
Tudo isto é incompreensível e só pode significar que José Manuel Bolieiro revela incapacidade em gerir e organizar o maior município dos Açores.