PS defende esclarecimento cabal sobre procedimentos na Unidade de Saúde de Ilha do Pico

PS Açores - 7 de julho, 2017
“Nós não temos medo nem receio, nós não aceitamos que ponham em causa a nossa convicção democrática e a nossa prática democrática no Parlamento e nós não nos revemos em qualquer tipo de acusação que diga respeito à transparência dos nossos procedimentos”, afirmou André Bradford, em relação à Unidade de Saúde de Ilha do Pico. O líder parlamentar do PS Açores respondia aos jornalistas no final do encerramento das Jornadas Parlamentares, no Nordeste. André Bradford recordou o empenho do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, desde o primeiro momento, para o esclarecimento da situação: “O PS viabilizou a audição do responsável máximo pela saúde no Parlamento. Não viabilizamos o outro pedido que foi feito, de ouvir o vogal do conselho de administração, porque esse é um cargo de nomeação política de um funcionário que desempenha funções administrativas e portanto, quem tem que responder perante a Assembleia é o membro do Governo”. Depois da audição do Secretário Regional da Saúde – “que esteve 3 horas a ser inquirido sobre todo o processo, várias vezes colocaram exatamente a mesma pergunta e ele várias vezes respondeu” - O PS sentiu-se esclarecido – “o que é possível em democracia”, salientou André Bradford. Já a oposição, “à revelia do parlamento”, decidiu “prolongar o processo” e pedir mais audições. Sobre esse novo pedido, André Bradford esclarece: “A legitimidade do PS vem dos votos dos açorianos, não vem do facto de viabilizar todas as iniciativas da oposição – aliás, não há democracia nenhuma no mundo onde todos os partidos votem sempre a favor um dos outros”. André Bradford também recusa as acusações quanto à transparência e ao receio, recordando que se fosse esse o caso, “não teria sido o PS o primeiro a falar de uma Comissão Eventual de Inquérito sobre esta matéria”. Para o PS essa é a solução para quem, efetivamente quer ver explicadas todas as duvidas e suspeições: “Como é que se esclarece em termos parlamentares? É prolongando, audição em cima de audição, um assunto de forma artificial? Ou é criando uma comissão específica, com poderes acrescidos, para esclarecer o assunto de uma vez por todas? Nós achamos que é de uma vez por todas”. Para o Grupo Parlamentar do PS o que não é esclarecedor, é o que está a ser feito pela oposição: “Uma coisa é querer manter um caso mediático, que dure de semana em semana, com suspeições, com dúvidas, com alegações, com documentos que aparecem na Comunicação Social e depois desaparecem, com acusações que são feitas, mas não têm fundamento…” Tal como aconteceu nas legislaturas passadas em que a oposição optou por comissões de inquérito face à importância do assunto, também desta vez, como já foi referido publicamente, o Grupo Parlamentar do PS/Açores não inviabilizará o esclarecimento cabal, ou seja, a criação de uma Comissão Eventual de Inquérito.