Oposição ignora vencimentos de 7 mil euros na Unidade de Saúde do Pico para atacar o PS

PS Açores - 11 de julho, 2017
O Presidente do Grupo Parlamentar do PS Açores criticou a oposição, liderada pelo PSD Açores, por desvalorizar a gravidade da conduta dos antigos responsáveis da Unidade de Saúde de Ilha do Pico: “A partir do momento em que a anterior presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde do Pico, com a conivência dos restantes membros do Conselho de Administração, tomou a iniciativa de se aumentar - de aumentar em cerca de 2 mil euros o seu ordenado, passando a auferir mais de 7 mil euros, e pagando-se de imediato 80 mil euros de retroativos-, a partir desse momento, a decisão de não a reconduzir no cargo tornou-se, do nosso ponto de vista, uma obrigação, uma necessidade e um imperativo em nome da defesa do rigor e da boa gestão pública”, afirmou André Bradford. O líder parlamentar do PS Açores considera que a oposição, liderada pelo PSD/A, falhou a sua tentativa de condenar politicamente o PS Açores - pela defesa intransigente que fez da gestão rigorosa dos dinheiros públicos - promovendo um debate de urgência sobre o funcionamento e alegadas ingerências socialistas na Unidade de Saúde de Ilha do Pico (USIP). “Esta questão só se coloca porque o Governo Regional, apoiado pelo PS, não pactuou com a irresponsabilidade, não pactuou com a ilegitimidade, não pactuou com a falta de rigor e a falta de ética, de um Conselho de Administração que tinha sido nomeado por este Governo”, afirmou André Bradford. Quanto à relação de militância desses administradores com o PS/Açores, André Bradford, salientou o facto de que o “Governo do PS, em relação a militantes de longa data do PS, em relação a apoiantes e simpatizantes do PS, foi implacável, rigoroso e intransigente”. Quanto ao outro argumento de ingerência, que a oposição não conseguiu provar, mas que usou insistentemente como forma de atacar o deputado Miguel Costa do Pico, André Bradford lembrou que há Juntas de Freguesia geridas por autarcas do PSD Açores, que beneficiam dessa mesma licença e isenção: “O que estamos aqui a defender é um costume que sempre se praticou na Região, é um costume que se aplica às juntas de freguesia de todos os partidos”. Aliás, sobre as alegadas ingerências de que os ex-administradores da USIP se vieram queixar, depois de terem sido afastados do cargo, André Bradford considerou que o documento divulgado pelo Presidente do Governo dos Açores, esta terça-feira na Assembleia, demonstra exatamente o contrário, já que se queixam da “falta de apoio”, de que não foi possível manter uma “relação estreita” e de que o diálogo que tentaram manter com os deputados socialistas do Pico “nunca foi fecundo”. Tendo o PSD Açores referenciado frequentemente as informações da alegada ingerência trazidas a público, o seu contrário também é exigível, sublinhou o deputado Francisco César: “Senhores deputados do PSD, a coerência da vossa parte justificava-se assim: Se tanto acreditei nos senhores [ex-administradores] quando eles acusaram de ingerências, continuo a acreditar nos senhores [ex-administradores] quando eles afinal dizem que não há ingerências nenhumas”.