Política de Coesão e Política Agrícola Comum devem ser políticas de investimento, defende Isabel Almeida Rodrigues

PS Açores - 17 de dezembro, 2019
“Os deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo eleitoral dos Açores, entendem que a Política de Coesão e a Política Agrícola Comum tem de ser encaradas como políticas de investimento, não apenas porque disso depende a aproximação às médias comunitárias como depende também a própria prossecução dos objetivos estratégicos definidos pela União”, afirmou, esta terça-feira, Isabel Almeida Rodrigues. A deputada do PS/A à Assembleia da República, que intervinha na audição à Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, durante a Comissão, manifestava assim, no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual, a sua preocupação com a questão da Política de Coesão e a Política Agrícola Comum. “Ouvimos atentamente o Sr. Primeiro-ministro, no último debate quinzenal e no debate preparatório, e, gostaria de afirmar que os deputados eleitos pelo PS, pelos Açores, estão em total sintonia com o Sr. Primeiro-ministro e com aquilo que ele referiu relativamente ao facto da Política de Coesão e a Política Agrícola Comum não puderem ser as variáveis de ajustamento do orçamento europeu”, referiu. Nesse sentido, Isabel Almeida Rodrigues questionou a Secretária de Estado sobre a proposta apresentada pela presidência finlandesa, bem como a salvaguarda do apoio às Regiões Ultraperiféricas (RUP) no quadro desta negociação. No sentido de se encontrar “uma solução justa para a questão da Coesão”, Ana Paula Zacarias referiu que Portugal se deve posicionar junto com os ‘Amigos da Coesão’, “mas também com todos aqueles em que em algum dossiê nós tenhamos afinidades para, ponto a ponto, irmos trabalhando sobre elas”. Quanto às RUP, Ana Paula Zacarias sublinhou o facto de hoje em dia não ser muito claro aos Estados-membros as especificidades de cada uma dessas regiões, daí que seja preciso “um esforço de diplomacia pública” no sentido de lhes transmitir as referentes particularidades. “Essas Regiões são fundamentais para aumentar a capacidade geoestratégica da União Europeia. São Regiões que estão espalhadas por todos os oceanos, que criam uma capacidade de ação e intervenção da União Europeia que é muito superior áquilo que seria a nossa reduzida dimensão continental”, referiu a Secretária de Estado, acrescentando ainda continuar a “debatermo-nos pelas RUP e fazer com que as coisas possam ir na direção que os Senhores Presidentes, quer da Madeira como dos Açores, tem indicado, e com quem estamos a trabalhar”, afirmou.