Problemas decorrentes da toxicodependência nos Açores têm o número mais baixo do país

PS Açores - 21 de dezembro, 2019
Os problemas consequentes da toxicodependência nos Açores registam o número mais baixo do país, divulgou recentemente os relatórios publicados pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD). João Paulo Ávila, em reação aos resultados divulgados, considera ser uma consequência das “boas políticas” implementadas pelo Governo dos Açores em matéria do combate às toxicodependências. O relatório refere que os Açores apresentam uma prevalência de 35,1% na experimentação de problemas decorrentes de problemas aditivos no último ano, a menor de Portugal. Dados de 2018 que revelam, no que toca ao consumo de álcool, que a Região Autónoma dos Açores tem a menor percentagem do país (16,7% de consumidores que consomem mais de 40 vezes/ano); também o consumo de tabaco tem vindo a descer (56.4% para 54.7%, no período entre 2015 e 2018); quanto ao consumo de canábis, os Açores apresentam uma frequência de consumo, acima das 40 vezes/ano, de 4.6%, situando-se abaixo das outras Regiões. Ainda segundo o relatório do SICAD, a Região regista o menor número de consumo de anfetaminas/metanfetaminas, alucinogénios, cocaína e heroína. E ainda, os Açorianos são os que menos utilizam diariamente a internet para redes sociais, jogo e jogos de apostas. “São dados positivos, mas que não nos podem descansar; aliás, não podemos ficar satisfeitos enquanto houver uma pessoa, uma família, numa situação de dependência”, considerou o parlamentar socialista. João Paulo Ávila relembrou que este é um assunto que tem de ser debatido de forma séria, sendo que não é pela via da “estigmatização” dos cidadãos afetados que se resolvem estes problemas: “O Partido Socialista não compactua com alguns partidos da oposição que teimam nesta estigmatização das pessoas e das famílias que precisam é de alguém que as apoie na luta para sair dessa situação”. E relembrou parcerias “profícuas” nesta matéria que levam a que, pela primeira vez nos Açores, haja mais pessoas em programas livres de drogas do que pessoas em programas de substituição, dando como exemplo a “a criação de um programa de apoio às famílias de utentes com problemas de dependências, o Programa ‘Domicílios e Carros sem Fumo’ e a alteração da idade para o consumo de álcool”.