A deputada do Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República, Isabel Almeida Rodrigues, pediu, esta quinta-feira, um ponto de situação ao Ministro do Mar sobre os três Radares Meteorológicos da Região Autónoma dos Açores, sublinhando que a atividade de vigilância e de monitorização meteorológica “é indispensável à prestação de um serviço público que é essencial às populações, à atividade económica e à segurança de pessoas e bens”.
Isabel Almeida Rodrigues, que participava na audição do Ministro do Mar, no âmbito da apreciação, na especialidade, do Orçamento de Estado para 2020, lembrava assim que o desenvolvimento desta atividade, que conhece uma nova dimensão face aos desafios climáticos, exige equipamentos capazes de fazer face às necessidades de todo o território nacional, que não se cinge apenas ao território terrestre.
“A verdade é que não há cobertura integral do território nacional por aquele tipo de radares e a parte do território nacional terrestre e marítimo sem cobertura é aliás superior à parte que está servida por esses equipamentos”, afirmou a deputada socialista, referindo-se à Região Autónoma dos Açores.
Isabel Almeida Rodrigues assinalou ainda a inscrição de verbas no Orçamento de Estado de 2020 para os radares meteorológicos, situação contrária “ao que aconteceu na legislatura liderada pelo PSD e CDS em que este assunto não conheceu qualquer desenvolvimento”, altura em que, no caso da Terceira, o radar então em funcionamento não integrava a rede do IPMA e eram já necessários os de S. Miguel e Flores. Na ocasião mencionou ainda os passos dados na adjudicação do Radar de Santa Bárbara e na definição da localização do Radar de São Miguel.
Em resposta, o Ministro do Mar adiantou que, relativamente ao Radar de São Miguel, existe um estudo prévio de localização, que será no Pico da Barrosa, e cujo valor da empreitada está estimado em 3.5 milhões de euros. Quanto ao Radar de Santa Bárbara, está finalizado o concurso internacional tendo sido o mesmo adjudicado a uma empresa da Finlândia, estando agora a aguardar o visto prévio do Tribunal de Contas. Já em relação ao Radar das Flores, admite que o mesmo é uma prioridade, estando o respetivo processo ainda em fase embrionária.