Foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores um voto de congratulação pela eleição de Vasco Cordeiro, Presidente do Governo Regional dos Açores, como “primeiro Vice-presidente do Comité das Regiões durante dois anos e meio, período após o qual poderá assumir a Presidência deste órgão”.
“Este é um momento que prestigia os Açores, Portugal e o próprio projeto Europeu”, referiu Francisco César, Presidente do Grupo Parlamentar dos Açores, na apresentação do voto referente à eleição que decorreu esta quarta-feira, 12 de fevereiro, em Bruxelas, citando as declarações do próprio presidente do Vasco Cordeiro após a sua eleição: “Eu venho de uma região com nove ilhas. Com 245 mil habitantes. E é por isso que hoje este voto por aclamação diz muito mais deste comité, e da forma como os membros deste comité encaram uma Europa de todos, do que dos meus méritos e daquilo que aqui trago”.
Pela primeira desde a fundação do Comité das Regiões a sua presidência poderá ser assumida por um português, graças ao “acordo alcançado entre os vários grupos políticos - entre os quais o PSE e o PPE, que determina que a Presidência do Comité das Regiões seja rotativa entre o grego Apostolos Tzitzikostas e o açoriano Vasco Cordeiro”, adiantou o líder da bancada socialista, na leitura do voto.
“A escolha do Presidente do Governo Regional dos Açores é, também, o reconhecimento das qualidades políticas e pessoais indispensáveis para o exercício de liderança, num momento particularmente desafiante para a União Europeia. Qualidades como a capacidade de diálogo, a capacidade de estabelecer compromissos, de procurar, para bem dos cidadãos, o denominador comum que nos deve unir a todos, como representantes do Povo Açoriano para, em seu nome, pugnar pelo desenvolvimento, pela coesão territorial, social e económica, pela estabilidade e pelo progresso da nossa Região”, refere o voto que foi aprovado por todas as bancadas parlamentares.
A eleição de Vasco Cordeiro, refere o voto de congratulação, “ocorre num momento crucial, em que a União Europeia enfrenta o desafio do pós-brexit, e em que está a ser negociado o próximo quadro financeiro plurianual, instrumento absolutamente decisivo para o sucesso da Política de Coesão, da Política Agrícola Comum, entre várias outras, que são fundamentais para as regiões europeias, e, em particular para os Açores”.
Composto por representantes eleitos de autoridades regionais e locais dos 27 estados-membros e que representa cerca de 350 entidades regionais e locais da União Europeia, o Comité das Regiões tem de ser consultado pela Comissão, pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu “quando elaboram textos legislativos sobre matérias em que as autoridades regionais e locais têm uma palavra a dizer, como é o caso dos transportes, do emprego, da política social, da coesão económica e social, da energia e das mudanças climáticas, o que é demonstrativo da importância do mesmo”.