“No setor dos Transportes os impactos da pandemia mundial são muito diretos e agressivos, mas a resposta do Governo dos Açores tem sido exemplar, ao executar e implementar medidas, no limite dos seus recursos e no limite das suas competências, que visam atenuar os efeitos indiretos da COVID-19 e, simultaneamente, garantir o transporte de doentes e o regular abastecimento das nossas ilhas, através da SATA, da Atlânticoline e da Portos dos Açores”, referiu André Rodrigues.
Na sequência da audição da Secretária Regional dos Transportes e Obras Pública, esta segunda-feira, na Comissão de Economia, o deputado do PS/Açores realçou a capacidade de liderança do Presidente Vasco Cordeiro “na tomada de decisões das quais dependem os destinos da nossa Região e das nossas populações, dando respostas exemplares quer no combate direto à Pandemia COVID-19 e na implementação de medidas que visam a proteção dos Açorianos, quer nos efeitos que esta crise está a ter nas empresas, no emprego e no rendimento das famílias”.
No caso concreto da companhia aérea açoriana, André Rodrigues, sublinhou as decisões que, “mesmo colocando em causa a sua situação financeira”, tiveram como “objetivo primeiro garantir a saúde publica dos Açorianos”. Por decisão do acionista, “a SATA foi a primeira companhia a reduzir a sua operação, a suspender ligações ao exterior, a operar no interilhas apenas em casos urgentes e para garantir o abastecimento de mercadorias, de correio e de farmácia. E chegou hoje ao arquipélago o avião e a tripulação da SATA que se deslocou à China para ir buscar material médico, para o reforço da capacidade de resposta do Serviço Regional de Saúde”.
André Rodrigues referiu também as decisões do executivo açoriano em relação à Atlânticoline, que “suspendeu a sua operação regular, fazendo agora também só serviço de carga de mercadorias, e de doentes deslocados entre o Faial, Pico e São Jorge”. Nesta área do transporte marítimo de passageiros, foi importante a decisão do Governo de “cancelar o concurso público de construção de novo navio de 110 metros, permitindo reafectar cerca de 41 milhões de euros de fundos comunitários e 7,2 milhões de euros de fundos próprios a áreas como a saúde, emprego e economia”.
Para o deputado do PS/Açores tem sido também fundamental o facto da empresa Portos dos Açores continuar a garantir “o regular funcionamento dos Portos da Região, permitindo assim o regular abastecimento marítimo da Região de bens essenciais para a nossa população, como alimentos, mercadorias, como de combustíveis para a energia e economia da nossa Região”.
“Vivemos dias e tempos muito diferentes, em poucos dias passamos a viver dias excecionais, dias extraordinários do ponto de vista da resposta necessária para garantir a saúde pública da nossa região. Dias para os quais, ninguém, nem nenhum Governo se prepara. Para os quais ninguém deseja passar e responder”, acrescentou.