O PS/Açores garante acolhimento às propostas que beneficiem as empresas afetadas pela crise da Covid-19, mas “sem abdicar de proteger os postos de trabalho”. A afirmação de Carlos Silva surge na sequência de um debate parlamentar onde algumas propostas do PSD/A, que também não tiveram voto favorável por parte de outros partidos, foram consideradas pelo PS “pouco rigorosas”, confusas e, “irresponsavelmente”, prometerem “tudo a todos, achando que se deve apoiar, sem diferenciar quem foi muito prejudicado de quem não o foi”.
O parlamentar garante que o PS/Açores “tem procurado aprovar propostas que sirvam os interesses das empresas e famílias açorianas”, tal como aconteceu esta quarta-feira, durante a sessão plenária. Carlos Silva concorda que “é importante que os apoios sejam disponibilizados de forma célere e com o mínimo de procedimentos administrativos”, o que aliás foi tido em consideração nas “mais de 60 medidas que o Governo dos Açores apresentou de apoio à economia, de apoio às empresas e de apoio aos trabalhadores”.
No entanto, insiste Carlos Silva, “a maior parte dos apoios que são criados têm como condição prévia que haja uma manutenção dos postos de trabalho”. Sobre a iniciativa do PSD/Açores para aumentar a liquidez das empresas, o parlamentar considera que é “confusa”, não “simplifica” as candidaturas e “é menos vantajosa do que a linha de crédito apresentada pelo Governo dos Açores, que garante mais 150 milhões de euros na economia Açoriana e dá mais tempo para amortização (seis anos em vez dos quatro propostos pela oposição).
Mais grave, considera o deputado do PS/Açores, foi o facto de que uma das propostas que levantou dúvidas a vários partidos, não ter sido esclarecida pelo proponente: “Não é aceitável que um partido com responsabilidades venha apresentar uma proposta que sabe, ou tem obrigação de saber, que não pode ser aplicada por violar as normas europeias”.
Carlos Silva elogiou a disponibilidade do PSD/Açores para corrigir a sua própria proposta destinada aos incentivos à inovação produtiva no contexto da Covid-19: “Desde a primeira hora o nosso objetivo era contribuir para incentivar a inovação, para aumentar a capacidade produtiva das empresas”. Para o parlamentar, “com essa proposta nós estamos a contribuir para a solução e esta tem sido a nossa postura desde o início, procurando abertura para os consensos, para o diálogo, mas sempre com responsabilidade e respeitando aqueles que são os limites legais”.