“O Dia dos Açores serve para estimular e consolidar a confiança em nós próprios. Lembra-nos o que fizemos e o que faremos, porque o podemos fazer, ou seja, porque temos Autonomia”, defendeu esta segunda-feira o líder parlamentar do Partido Socialista sublinhando ainda que “não defender essa Autonomia seria abdicar de nós”.
Francisco César, que falava à margem do Dia da Região, sublinhou na ocasião o caminho percorrido e as mudanças introduzidas ao longo das últimas quatro décadas, para salientar o trabalho que ainda há a fazer e a melhorar: “Mesmo que não fosse o confinamento que estivemos a viver por causa desta pandemia, a prioridade máxima é abrir a nossa Região, no sentido de abrir a economia, até no sentido de, como foi aqui referido, podermos repensar e melhorar com mais contributos, áreas tão diversas como a saúde, a energia, a educação e o turismo”, afirmou o socialista.
Para o parlamentar, e apesar da moderação que se deve ter na forma como a Região se abre ao exterior, à medida que avançamos “temos de evocar outros atores, outros empresários, empreendedores, que nos tragam, mais fôlego, mais dimensão, mais especialidade, inovação, comunicação com outros mercados, até mercados de exportação”.
Com um percurso que torna a Região diferente do que era há 44 anos, ou até mesmo há 24, Francisco César sublinhou a importância de, no atual contexto, se projetar o futuro da Região, referindo que em matéria dos Fundos Europeus que estão a ser desenhados, tanto a nível direto para a pandemia como os do próximo Quadro Comunitário, “temos de repensar no sentido de os passos que são agora decisivos estarem em linha com todos os nossos parceiros europeus, porque não fazer isso é correr um risco muito grande de podermos ficar para trás, num futuro e desenvolvimento que nós pretendemos que seja bastante positivo”.
Quanto aos discursos proferidos durante a sessão solene do Dia dos Açores, Francisco César destacou serem ambos conscientes dos momentos difíceis que estivemos, e estamos, a viver por causa da pandemia, referindo ainda ter sido importante sentir “que o Presidente do Governo tem a verdadeira consciência destas dificuldades e, mais importante ainda, que assume a prioridade e o sentido de planeamento para as ultrapassar com o menor prejuízo e no menor tempo possível para todos nós”.