Os vereadores eleitos pelo PS à Câmara Municipal de Ponta Delgada apresentaram, esta quarta-feira, em reunião do executivo camarário uma proposta com o objetivo de ser colocada em consulta pública a proposta de requalificação do Mercado da Graça. Uma medida que, infelizmente, foi chumbada pela maioria do PSD na Câmara Municipal.
“O PS entende que a proposta de requalificação do Mercado da Graça deve respeitar o padrão histórico, cultural, social e arquitetónico daquele espaço. Como toda a gente sabe, a autarquia de Ponta Delgada já fez várias intervenções no Mercado da Graça que não correram bem e, por isso, em nome da transparência e de uma forma de exercer o poder próxima das pessoas, e em diálogo com a sociedade, entendemos que fazia todo o sentido que esse projeto merecesse uma ampla discussão pública com vista a que fossem reconhecidos todos os contributos eventualmente apresentados para um espaço que é de todos e cuja fruição é por todos valorizada”, explicou o Vereador socialista Bruno Pacheco.
No fundo, “estamos a falar de uma intervenção de cerca de um milhão e quatrocentos mil euros e não compreendemos a obstinação do PSD em não colocar este projeto em consulta pública, contrariando, inclusivamente, uma recomendação neste sentido aprovada recentemente em Assembleia Municipal. Este é mais um episódio que revela o desnorte e a falta de orientação da maioria do PSD que governa o Município de Ponta Delgada, critica Bruno Pacheco.
Também na reunião de hoje, a vereadora do PS Fátima Albergaria lamentou mais uma “trapalhada” da maioria do PSD na autarquia, desta feita a propósito do Concurso das 7 Maravilhas da Cultura Popular. “É de uma tremenda insensibilidade e uma falta de respeito que este executivo liderado pelo PSD tenha decidido colocar a Procissão do Senhor Santo Cristo a concurso, sem falar com ninguém, nem com a Irmandade nem com a Igreja. Do mesmo modo que colocar a concurso a Lenda da Lagoa das Sete Cidades, sem, sequer, falar com Junta de Freguesia só demonstra o ponto a que chegamos na gestão da autarquia: um desnorte completo de quem governa de costas voltadas para os cidadãos e para as instituições deste concelho, concluiu”.