Enquanto o Faial e os Açores aguardam por reforço orçamental para fazer face aos prejuízos económicos e sociais provocados pela COVID-19, o PSD do Faial entretém-se com “politiquice barata”
O Secretariado da ilha do Faial do Partido Socialista lamenta, através do presente comunicado, a postura com que os membros do PSD/Faial se apresentaram, na passada terça-feira, na reunião do Conselho de Ilha do Faial, quando este foi chamado a pronunciar-se sobre a proposta de alteração, apresentada pelo Governo dos Açores, ao Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores para 2020 que visa reforçar o investimento público para fazer face aos constrangimentos económicos e sociais provocados pela pandemia COVID-19.
Sendo do conhecimento público o que consiste dessa alteração, nomeadamente o reforço em 160,6 milhões de euros (ME) do investimento público total, que acresce para 1.037ME; o aumento de 95,1ME do financiamento do Serviço Regional de Saúde; de 72,8ME nos apoios ao emprego e às empresas; de 50ME na comparticipação no Serviço Público de Transporte Aéreo da SATA; de 20ME no investimento no setor do Turismo; de 9,5ME na Solidariedade Social; de 6,9ME para o setor agrícola; bem como o reforço da dotação orçamental em 1,2ME no âmbito do Mar, Pescas, Ciência e Tecnologia, os conselheiros do PSD/Faial limitaram-se a procurar subterfúgios para não dar parecer positivo a esta proposta, invocando falta de tempo para analisar a mesma. O PSD/Faial - que é sempre tão rápido a exigir soluções para tudo e para já - diz agora que não teve tempo de analisar um dos orçamentos mais importantes da história da Autonomia, ainda para mais quando já era público os traços gerais do mesmo.
Ora, tempo é o que não existe para acudir a uma emergência social e económica desta dimensão e que necessita de ser validada pelo plenário da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores já na próxima semana com vista a operacionalizar estes apoios à economia do Faial e dos Açores.
Bem sabemos que o PSD/Faial não resiste à tentação eleitoralista de procurar colocar areia na engrenagem para gerar discórdia e descontentamento, pensando apenas em atos eleitorais. Essa postura poderá servir os interesses do PSD/Faial mas não serve, de forma alguma, o interesse do Faial e dos Açores.
Como se isso não bastasse, os membros do PSD no Conselho de Ilha do Faial, após numa fase inicial se terem disponibilizado para integrar o grupo de trabalho afim de elaborar o parecer daquele órgão sobre este importante assunto, acabaram por nem comparecer na reunião agendada para o efeito, demitindo-se de todas responsabilidades de participar em qualquer solução, mostrando, de forma clara, não estar altura dos acontecimentos.
O que serve o interesse das famílias e das empresas é que possamos, o mais rápido possível, operacionalizar a canalização dos recursos financeiros necessários para fazer face a esta situação inesperada e lesiva para todos. E essa responsabilidade e disponibilidade é exigida a todos, não apenas àqueles que governam no presente mas a todos os outros, principalmente ao PSD que se diz estar preparado a governar os Açores.
Que no final do ano queira-se fazer uma análise do que foi feito e, se bem feito, estamos todos de acordo mas, no imediato, é preciso agir e responder aos desafios que nos são colocados no momento e não perder tempo a discutir o acessório em vez de se discutir o essencial.
As famílias e as empresas do Faial não esperam dos seus responsáveis políticos que estes percam tempo em burocracias ou em politiquice barata. Exigem sim, que estes estejam à altura do difícil momento que temos pela frente e que juntem esforços tendo em vista a resolução dos seus problemas.