“Não vale a pena querer operar grandes mudanças no ensino e no sucesso educativo se essas intenções não se fizerem acompanhar dos meios adequados, nomeadamente os financeiros”, alertou, esta terça-feira, o deputado do PS/Açores, José Ávila, que considera não estarem refletidas no Plano Regional Anual para 2021 essas questões.
Para o deputado socialista, que interpelava o governo regional no âmbito do debate sobre o Plano e Orçamento da Região para 2021, importa compreender qual o principal investimento para o executivo em matéria de Educação, no sentido de contribuir “para a melhoria do sistema de ensino e, consequentemente, dos resultados escolares dos alunos Açorianos”. José Ávila questionou ainda quanto aos impactos financeiros que esses investimentos poderão representar no Plano regional agora em discussão.
Durante a sua intervenção, e referindo-se à reduzida verba de apenas 136 mil euros destinada a Projetos Educativos, o parlamentar socialista quis ainda saber quanto à sua continuidade, questionando, nessa medida, “se o Governo Regional dos Açores vai mesmo desinvestir de projetos de sucesso crescente nas nossas escolas”, como são exemplo os seguintes projetos: “Recursos Educativos Digitais Abertos” (REDA), “Professores Qualificados Resolução de Dificuldades de Aprendizagem” (PROF D.A.), “Projeto Fénix” e “Ler Açores”.
Nesta matéria, e destacando o projeto “Atelier do Código”, que foi concebido por alunos do 1º e 2ºs ciclos, com o intuito de “se integrarem com as linguagens de programação informática e da computação”, nestas que são áreas fulcrais para o desenvolvimento da sociedade do conhecimento e da informação, o deputado do PS/Açores questionou sobre o futuro desses projetos.
Dirigindo-se à secretária regional da Educação, o deputado do grupo parlamentar do Partido Socialista perguntou ainda qual a razão pela qual “as Orientações a Médio Prazo preveem a diversificação da oferta do Ensino Artístico Especializado, mas não existe a devida correspondência no Plano Anual”.